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A imponência do Titanic pode ter acelerado o fim da sua história

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O Titanic no porto de Southampton, em Inglaterra

Com quase 269 metros de comprimento, o tamanho do Titanic – considerado o maior navio do mundo em 1912 – pode mesmo ter acelerado o fim da sua história.

O Titanic media quase 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e pesava mais de 46 mil toneladas. Em 1912, quando foi dado a conhecer ao mundo, era considerado o maior navio do mundo e simbolizou um empolgante avanço na indústria naval.

Segundo o All That’s Interesting, o negócio do transporte marítimo no início do século XX era dominado por um punhado de empresas, entre as quais a White Star Line. Para superar os rivais, que tinham acabado de lançar o Lusitânia, a White Star começou a construir a sua embarcação mais ambiciosa: o RMS Titanic.

Batizado em homenagem aos gigantescos Deuses da mitologia grega conhecidos como Titãs, o Titanic foi projetado para ser um gigante flutuante. Quando comparado com os navios de cruzeiro atuais, parece pequeno, mas bateu recordes na sua época.

A imponência do navio, que parecia ser um motivo de vitória, não entusiasmou toda a gente. Alguns especialistas em construção naval alertaram que os novos navios podiam ser demasiado grandes para serem atracados e as autoridades chegaram até a sugerir que o Titanic e o seu irmão – o Olympic – teriam que descarregar passageiros e carga no mar.

Independentemente dos avisos, o Titanic ficou pronto no dia 31 de março de 1912 e, alguns dias depois, partiu para a sua viagem inaugural. O tamanho despertou curiosidade e o navio chegou a ser rotulado de “inafundável“.

“Não há perigo de o Titanic afundar”, gabou-se Phillip Frank, vice-presidente da White Star Line. “O barco é inafundável.”

Mas quatro dias depois de zarpar, a 10 de abril de 1912, do porto de Southampton, na Inglaterra, o Titanic embateu contra um icebergue.

Especialistas modernos acreditam que o navio afundou mais rápido do que seria suposto devido, em parte, ao seu tamanho.

Reduzir e redirecionar um navio desta massa exigia muito mais distância e tempo do que a tripulação dispunha quando percebeu que corria o risco de atingir um icebergue. Além disso, apesar de ter sido construído com vários compartimentos abaixo do convés, esses compartimentos não eram à prova de água.

Quando o Titanic embateu, começou a entrar água na parte da frente do navio. A parte de trás, mais pesada, puxou para baixo a embarcação, que quase partiu ao meio.

Depois do naufrágio do Titanic, os fabricantes Harland e Wolff fizeram mudanças drásticas nos seus dois navios irmãos, o HMHS Britannic e o RMS Olympic. As embarcações foram modificadas e atualizadas com anteparas mais altas, um segundo casco interno, materiais à prova de fogo e, o mais importante, mais barcos salva-vidas.

Atualmente, os navios modernos estão também equipados com recursos e protocolos de segurança rígidos para evitar outros desastres marítimos, como o do Titanic.

Liliana Malainho, ZAP //

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