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Festivais de verão à espera das regras da DGS. Testes e dispensa da máscara podem ser realidade

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Numa altura em que Portugal ainda se encontra na segunda fase de desconfinamento, ainda existem algumas incertezas quanto à organização de grandes eventos. Contudo, os promotores de espetáculos já estão a avançar trabalho coma DGS com vista a definir um quadro de regras para poder haver festivais em 2021.

Com a aproximação do início da terceira fase de desconfinamento, a partir de 3 de maio, já saiu o decreto-lei sobre espetáculos, aprovado em Conselho de Ministros a 1 de abril e promulgado pelo Presidente da República dois dias depois.

O decreto-lei prevê a possibilidade de se realizarem eventos que funcionam como “teste-piloto” para possíveis festivais no país em 2021, sob regras ainda a definir pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

Segundo o Expresso, têm prosseguido as reuniões entre a DGS, a Cultura e os promotores de espetáculos sobre o tema dos eventos-piloto. O “Governo decidiu pôr isso em decreto-lei”, mas de momento “o que existe ainda é uma mão-cheia de nada”, frisa Álvaro Covões, presidente da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE).

Ainda assim, o responsável diz ter consciência que a pandemia continua ativa e as suas variantes a gerar picos em vários locais.

O objetivo da APEFE é finalizar com a DGS o quadro de regras concretas a nível sanitário que têm vindo a ser discutidas desde janeiro, para se poder “encontrar um caminho para os espetáculos que as regras atuais não permitem”.

Destaca que há que “esperar que as coisas possam vir a acontecer”, não se prevendo ainda ao certo quando será, e “tudo indica que estes testes só serão feitos a partir de 3 de maio, na última fase do plano de desconfinamento”.

A realização de eventos-piloto irá servir de teste e como base para definir o formato em que poderão decorrer os festivais no país enquanto persiste uma pandemia.

A condição necessária nestes eventos-piloto é que todos têm de entrar com teste negativo à covid, criando-se assim uma “bolha” segura que permite que grupos de pessoas, na ordem dos milhares, possam assistir aos espetáculos de forma até a dispensar uso de máscara ou regras de distanciamento.

Testes semelhantes já foram realizados em vários países europeus, envolvendo voluntários, designadamente em Espanha e na Alemanha.

“Têm-se feito testes destes por toda a Europa, em que as pessoas foram testadas à covid à entrada do evento, e depois acompanhadas nos dias subsequentes, e o resultado foi francamente positivo. Não houve casos nem surtos em consequência destes eventos”, enfatiza Jorge Lopes, da associação Porto Eventos, e diretor do festival MEO Marés Vivas.

“Conseguiu-se provar que é possível pegar numa população de milhares de pessoas a entrar num evento em formato de “bolha” – todas testadas – a conviver sem máscara e a fazer vida normal, sem haver risco de infeção. A partir do momento em que criamos um espaço em que o vírus não circula, o evento é seguro”, frisa Jorge Lopes.

Para estes eventos se poderem realizar em Portugal, o que falta é definir no concreto, por parte da DGS, as regras a que se sujeitam: se as pessoas já vêm testadas ou fazem o teste à entrada, o tipo de testes a utilizar, se envolvem ou não voluntários, a respetiva faixa etária, e ainda se o formato será com ou sem máscara, distanciamento, em recinto fechado ou ao ar livre.

ZAP //

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3 Comments

  1. Deve haver um erro. Acho que devia estar 2022 e não 2021… Não credito… Ou melhor! Não quero acreditar que vamos ser tão irresponsáveis ao permitrir tal coisa! E… continuamos a achar que vamos ter a maioria dos portugueses vacinados até ao Verão? Ha!

  2. A chatice toda é que, não sabendo ainda como o virus se transmite, não é possivel provar que foi transmitido aqui ou ali… Por isso é tão fácil dizer o evento é seguro “o evento é seguro”. Nunca poderá ser provado, mesmo com o tal “acompanhamento” de dias que foi no festival que a pessoa foi infetada. Mas tudo bem. Fica tudo num espaço bolha e tá tudo! Faz-se uns teste rápidos (com uma eficácia muito reduzida) e acredita-se que tudio tá bem. E tá, porque se der raia, a culpa é de ninguém! “Ele deve ter apanhado o virus noutro lugar… Aqui não foi!”

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