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“Eu sou o homem do poder local”. Morte de Almeida Henriques abre portas a Fernando Ruas em Viseu

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A morte do presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, que era também candidato do PSD à autarquia, abre as portas a Fernando Ruas, ex-autarca do município.

O presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, morreu no domingo, vítima de covid-19, aos 59 anos. Internado há um mês no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Almeida Henriques não resistiu a uma infeção respiratória.

O autarca estava à frente da Câmara Municipal de Viseu há dois mandatos e foi um dos nomes anunciados pelo secretário-geral do PSD, José Silvano, para protagonizar uma nova candidatura à autarquia que se mantém em mãos sociais-democratas desde 1989.

Almeida Henriques, que era advogado, nasceu em Viseu, em maio de 1961. Sucedeu a Fernando Ruas, que ocupou o cargo durante 24 anos.

Em declarações ao Público, Fernando Ruas lamentou com “profundo pesar” a morte de Almeida Henriques e assinalou o facto de ter desaparecido no domingo de Páscoa, que deveria ser um dia de “exaltação da vida”.

Segundo o ex-presidente, o concelho perdeu a “pessoa mais importante” e sente uma “tristeza acrescida”. ”Almeida Henriques era um homem de família e, do ponto de vista político, uma pessoa de convicções que as defendia convictamente”, acrescentou.

Fernando Ruas recusou-se a abordar a possibilidade de vir a ser o candidato do PSD a Viseu. “Este é o momento de respeitar a memória do presidente da Câmara de Viseu”, disse, assinalando, por outro lado, que o “PSD é um partido com responsabilidade e que há-de, a nível local, arranjar sempre soluções”.

Contudo, segundo o matutino, dentro do partido, o nome de Fernando Ruas é visto como a solução natural. Na terça-feira, quando o estado de Almeida Henriques já era muito crítico, Fernando Ruas disse que “Almeida Henriques foi indicado pelo partido, não há outro candidato que não ele”.

“Viseu é a única capital de distrito do país que nunca foi governada pelo PS, pelo que o PSD tem a responsabilidade de apresentar um candidato forte naquilo que é a sua tradição”, declarou.

Apesar de estar afastado da vida autárquica, Ruas revelou a ambição de que o “PSD seja o maior partido do poder local”. “A marca, o bichinho do poder local fica sempre. Eu sou um homem do poder local”, rematou.

Maria Campos, ZAP //

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