O número de portugueses que ficou em casa aumentou para 50% na sexta-feira, o primeiro dia de fecho das escolas, segundo os dados do índice de mobilidade divulgados hoje.
Em comunicado, a empresa PSE, que tem monitorizado a mobilidade dos portugueses desde a declaração do primeiro estado de emergência, a 18 de março de 2020, realça que este valor – metade dos portugueses em casa – é 19,5% superior ao registado há duas semanas (a 11 de janeiro, apenas 30,5% da população estava em casa).
Além disso, este número fica apenas oito pontos percentuais abaixo do registo da primeira sexta-feira após a declaração do primeiro estado de emergência e é também o menor valor de mobilidade registado desde o mais recente estado de emergência.
Assim, declara a PSE, “o efeito do fecho das escolas é bem visível na percentagem de confinamento adicional, isto é, na percentagem de população que adicionalmente está confinada em comparação com o que seria o nível normal pré-pandemia”.
Estes dados levam a empresa a titular que o “fecho das escolas resultou” e que os “portugueses alteraram o seu comportamento”.
A empresa detalha que, “ao longo de todo o dia [de sexta-feira], a quantidade de circulação foi significativamente menor do que na média dos quatro dias úteis anteriores” e que a circulação diminuiu, em média, ao longo do dia, 18%.
Olhando para os períodos do dia, a PSE assinala que houve, em média, menos 34% de tráfego de manhã, entre as 06:00 e as 10:00, e que até às 18:00 a estimativa de confinamento era de 54%.
Porém, houve um aumento de circulação entre as 19:00 e as 21:00, resultando num acréscimo de mobilidade ao final do dia, “com perfil de maiores distâncias percorridas”.
Por isso, a PSE observa que terá sido “seguramente fruto de uma saída das cidades, para um retiro fora das zonas urbanas, possivelmente antecipando um ‘lockdown’ [confinamento] longe da cidade”.
Para a PSE, “importa agora verificar o comportamento dos portugueses na próxima semana, sendo expectável um tradicional maior confinamento durante o fim de semana”, ainda que as eleições presidenciais de domingo possam vir a ser “um fator excecional que irá alterar os níveis de confinamento que seriam expectáveis”.
Outra mudança assinalada pelo índice de mobilidade diz respeito às saídas noturnas. “Apesar de haver um elevado cumprimento da norma de recolher obrigatório noturno nos dias em que esteve em vigor, verificámos em dezembro que, nas noites de sexta-feira e nas noites de sábado, havia sempre cerca de 4% da população que saia efetivamente à noite, entre as 23h e as 05h” e que “antes das 23h havia ainda um número maior de pessoas fora de casa”, refere a PSE.
“Nesta última semana, o comportamento mudou de forma bastante clara”, havendo “um cumprimento muito mais estável do confinamento noturno desde 15 de janeiro até ontem”, distingue.
“Em comparação com os dias 11, 12 e 13 de janeiro, em que o confinamento era de aproximadamente 30%, as primeiras medidas resultaram num confinamento a rondar os 40%, entre os dias 15 e 19, e com o fecho das escolas, neste primeiro dia, o confinamento atingiu 50% da população.
Em dois passos, uma subida de 30 para 40 e de 40 para 50%”, assinala a PSE, cujo Índice de Mobilidade é um índice composto que reflete a população em circulação, as distâncias percorridas e os tempos de deslocação da população portuguesa.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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Ai sim?? ENTÃO, porque é que os números do COVID são cada vez mais assustadores???
E não houve fecho das escolas… mas antes mais uma das jogadas desta corja governativa.
Em nada vai resolver o problema. Nos outros países as restrições são muito maiores e os contágios continuam. Estamos perante um grande negócio internacional chamado Covid-19. Um negócio que veio para ficar por muito tempo.
Lobby ?