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Rui Rio apela ao Governo por “confinamento a sério” e lembra que este “não existe para ser popular”

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/ Lusa

Rui Rio desafia o Governo a “impor um confinamento a sério em nome do interesse nacional”. Na sua conta no Twitter, o líder do PSD escreve que “um Governo não existe para ser popular mas para fazer o que se impõe”, principalmente “em cenário tão dramático”.

O líder do PSD diz que mantém espírito “de cooperação” – “é isso que vamos continuar a fazer” -, mas alerta para que o Governo “faça o seu papel”. “Um Governo não existe para ser popular mas fazer o que se impõe que seja feito”, escreveu Rui Rio no Twitter.

“Isso”, acrescenta o líder social-democrata, “implica assumir os erros, esquecer o marketing partidário e impor um confinamento a sério, em nome do interesse nacional”.

Lembrando que o PSD, por si liderado, “nunca negou a sua cooperação, nem se aproveitou da situação para tirar dividendos partidários”, Rui Rio garante que “é isso que vamos continuar a fazer”. “Assim o Governo faça também o seu papel”.

Antes de António Costa anunciar as medidas na semana passada, o líder do PSD questionou se as escolas também não deveriam fechar, tal como aconteceu no confinamento de março.

O tweet de Rio surgiu na mesma altura em que decorria o Conselho de Ministros extraordinário, onde o governo acabou por decidir medidas mais restritivas.

Em conferência de imprensa, David Justino, vice-presidente do PSD, defendeu também “uma restrição drástica de exceções” ao confinamento, acusando o Governo de “incapacidade para resolver o quadro pandémico”.

O braço direito de Rio exortou o Governo a “restringir de forma drástica o número de exceções e a rever o fecho de algumas situações com maior poder estruturante, como sejam a maioria dos serviços públicos, o setor da educação e da administração central e local, cujo contributo direto para a produção nacional é mais reduzido”.

Ricardo Baptista Leite, o porta voz do partido para questões de saúde partilhou ontem uma mensagem nas redes sociais a chamar a atenção para a situação dramática que se vive nos hospitais.

O vice-coordenador da pasta da Saúde do Conselho Estratégico Nacional do PSD avisa que “não aguentamos este ritmo” de aumento de infetados e de mortos e sublinha que este confinamento, nos moldes em que o Governo o desenhou, “não está a funcionar”. “É fundamental aumentar o confinamento já, por três semanas. Fazer um confinamento como tivemos em março”, apela Baptista Leite.

Segundo o médico, o confinamento “tem de incluir as escolas, garantindo o apoio remuneratório a um dos pais”, porque há toda uma sociedade “que não consegue parar com as escolas abertas”. Para além disso, todas as demais “atividades não essenciais, que não sejam possíveis por teletrabalho, devem cessar atividade de imediato pelo mesmo período de tempo”. “Tudo deve parar de imediato”, reforça.

“Marcelo lavou as mãos da situação em que estamos”

Pedro Filipe Soares discursou ontem à noite no comício virtual da candidatura de Marisa Matias às eleições presidenciais e não poupou nas críticas a dois dos opositores da bloquista: Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura.

O líder da bancada parlamentar do BE condenou o atual Presidente da República por, num momento difícil do país, “ao contrário do que era de esperar”, não se encontrar em Marcelo Rebelo de Sousa “o cumpridor das promessas que fez há dias atrás”.

“Marcelo Rebelo de Sousa fez o que não se esperava: lavou as mãos da situação em que estamos. Disse que a culpa desta falta de preparação para a terceira vaga era porque o Governo não a previu. Ainda há dias dizia que assumia todas as responsabilidades para hoje vir atirar a água para o capote do Governo. É assim que se trai a confiança de um povo”, criticou.

Ana Moura, ZAP //

3 Comments

  1. O morto-vivo acordou! Só temos o governo que temos porque a oposição também é o que é. Vai-te embora Rio e dá o lugar a quem tenha tomates!

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