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Ventura responde a Medina: O Chega lutará até “na clandestinidade”

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Manuel de Almeida / Lusa

O líder do Chega dramatizou o seu discurso em resposta ao socialista e presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que na sexta-feira colocou a hipótese de o recém-formado partido vir a ser ilegalizado.

É uma afronta nunca vista em democracia, própria das ditaduras, de um presidente de Câmara com tiques ditatoriais, quando se pretende remeter à obscuridade aquela que é, segundo as sondagens, a terceira ou quarta força política portuguesa”, disse, em declarações à agência Lusa.

Segundo o deputado único do partido nacional-populista, “se o Chega for ilegalizado, os seus apoiantes, militantes e dirigentes não desaparecerão por magia e continuarão a fazer a sua luta na clandestinidade, contra um sistema que esqueceu o que era a democracia”.

“O sistema tem de saber isto: não deixaremos de lutar mesmo que usem as armas mais baixas contra nós. Ilegalizar o Chega é remeter milhares de pessoas para a luta de clandestinidade… E nós estamos dispostos a isso!”, prometeu.

Ventura vincou que “querem ilegalizar o Chega para vencer na secretaria o que não conseguem nas urnas”.

Fernando Medina, em entrevista ao Observador, acusou o PSD de contribuir para a normalização do Chega, referindo-se ao acordo de viabilização do Governo Regional dos Açores e afirmou: “admito que a questão da ilegalização do Chega venha a colocar-se”.

Para o autarca lisboeta, o partido da extrema-direita parlamentar devia ser considerado ilegal porque é “xenófobo, racista e intolerante”.

“Não passarão. No Chega, lutaremos até ao fim. Até perceberem que viemos por bem e estamos dispostos a sacrificar a vida por Portugal. Ilegalizar o Chega? Terão 30 anos de luta clandestina e muito dura!”, garantiu Ventura.

O também candidato presidencial do Chega lamentou ainda que a sua concorrente ao Palácio de Belém Ana Gomes, diplomata e ex-eurodeputada socialista, também tenha defendido a ilegalização do seu partido.

A antiga embaixadora de Portugal em Jacarta considerou “ridícula” a coima aplicada a “um deputado” que teve “mais uma vez tiradas absolutamente contrárias à democracia”, aludindo à multa de que Ventura foi notificado esta semana pela Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), devido a uma mensagem numa rede social sobre a comunidade cigana.

Na ótica de Ana Gomesm, os responsáveis das instituições democráticas “não podem contemporizar com estratégias complacentes em relação a forças racistas e xenófobas que estão proibidas pela Constituição” e apontou o dedo a Ministério Público e Tribunal Constitucional.

// Lusa

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9 Comments

  1. Ó Ventura, 30 anos em clandestinidade até me fez lembrar o Álvaro Cunhal, ainda que a comparação seja um verdadeiro sacrilégio!!
    Mas que poderes tem o presidente da câmara para falar desta maneira? Dão asas a estas criaturas e depois não querem permitir-lhes o voo? Vão voar de tal forma alto que ainda lhes hão-de defecar sobre as cabeças!!!

  2. A avaliar pela forma como a própria direita se distancia do espantalho de Mem Martins, fico sem perceber se é por ser imbecil, ou por não usar rexona.

  3. Os xuxas até espumam por terem perdido os Açores! Perdem a compostura e a tramontana por não saberem como aplicar o seu querido lema de que quem se mete com o PS leva.

  4. Ainda bem que medina nao tem voz na materia,ele esta pendente do seu partido em decadencia,eis o motivo para falar dessa maneira.Eu tabem nao morro de amores pelo chega,mas pelo estao a ser apoiados por alguns PORTUGUESES e teem direito de procurar o seu bem estar na politica,quem nao gostar que arrange outro trabalho.Em Politica nos pagamos para ter bons governadores,nao para darem opinioes e fazerem com que outros lutem contra o Chega.O pvo sim tem o direito de fazer o que lhe der na gana quando houver eleicoes,se assi nao for vamos por o Medina na rua eu nao gosto dele ha ha ha ha

  5. Salazar também ilegalizava partidos. Por isso a diferença entre a anterior ditadura e a ditadura do Xuxalismo é… Nenhuma!

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