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Solução Montijo repensada. Alcochete pode ser a casa do novo aeroporto

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ANA / VINCI Aeroportos

Projeto para novo Aeroporto no Montijo

O Governo admite fazer uma avaliação ambiental estratégica do Montijo. Além de Alverca e Beja, Alcochete surge como solução favorita para o novo aeroporto.

O ministro das Infraestruturas disse, esta quarta-feira, que a crise gerada pela pandemia veio dar ao Governo tempo para ponderar sobre a possibilidade de uma avaliação ambiental estratégica sobre o novo aeroporto do Montijo.

“A urgência fazia com que nós não perdêssemos mais tempo na necessidade de expandir a capacidade aeroportuária de Lisboa” disse Pedro Nuno Santos. “Agora, não ignoramos que a pandemia, não retirando a necessidade de aumentar a capacidade aeoportuária, porque contamos com a recuperação dentro de alguns anos, dá-nos algum tempo para ponderarmos a avaliação ambiental estratégica”, afirmou.

Várias organizações ambientais têm defendido que o processo referente ao novo aeroporto de Lisboa tem de ser apreciado no contexto de uma avaliação ambiental estratégica, em que sejam ponderadas várias opções possíveis.

O Campo de Tiro de Alcochete é uma das alternativas favoritas ao Montijo, já que tem uma declaração de impacto ambiental (DIA) válida até 9 de dezembro. No entanto, Alverca e Beja também são hipóteses viáveis, escreve o Expresso.

A reavaliação da localização do novo aeroporto não quer dizer, todavia, que o Montijo deixou de ser a preferência do Governo, mas se da avaliação resultar outra opção, o Executivo pode não ter alternativa senão aceitar.

Por sua vez, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, diz-se surpreendido com as declarações de Pedro Nuno Santos.

“Ouvi com uma enorme surpresa e apreen­são as palavras do ministro das Infraestruturas, porque vai atrasar a construção do Montijo. Temo, aliás, que já estejamos atrasados. Não se iludam: a construção do aeroporto vai demorar quatro anos”, adiantou Calheiros. “A retoma do setor não chegará antes de 2023-2024, e nessa altura vamos ter outra vez problemas de capacidade na Portela”.

A ANA – Aeroportos de Portugal bate o pé e mostra-se intransigente quanto à solução Montijo. “A ANA mantém-se disponível para avançar logo que o concedente entender oportuno”, disse fonte oficial da concessionário de aeroportos. “A criação de capacidade no aeroporto do Montijo será fundamental para que Lisboa esteja em condições de acolher o tráfego quando a retoma voltar”.

“Acredito que há vontade do Governo de levar a cabo o Montijo, porque está convencido dos argumentos a favor desta solução. O primeiro-ministro já disse perentoria­mente que o Montijo era a 17ª escolha e a definitiva. E acredito que não terá os constrangimentos que tinha em 2019 quando houver a retoma”, defendeu José Luís Arnaut, presidente da ANA.

ZAP //

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22 Comments

    • Se o sacana do Sócrates o tivesse feito no seu governo, já estava feito e a dívida era igual, além de termos um aeroporto em condições e por muitos anos. Assim, estamos a gastar dinheiro em estudos, com desvios por todo o lado e quando se fizer o adjunto da Portela não dá para nada porque são dois pequenos aeroportos sem condições.

  1. Mias uns estudos e projectos para fazer, logo mais uns milhões a voar para mais umas negociatas . Enquanto a corrupção for apenas capa de jornais este país nunca mudará.

  2. E a urgência justificava a falta de estudos?
    Devem estar a brincar.
    Tenho pena que não vá para Beja.
    É só Lisboa Lisboa Lisboa…
    O resto do país é paisagem

    • Beja!!!???
      Haja paciência. Desde antes do 25/4 que era, e sempre foi Alcochete. Só os desvarios fizeram mudar tudo.
      Quanto ao Montijo, nunca passaria de um aeroporto complementar da Portela, portanto mais um apeadeiro aéreo.

  3. É mais do que tempo de pararem com a palermice de equacionarem um novo aeroporto na margem sul do Tejo. Para além de todas as considerações técnicas e ambientais, a localização é a pior possível, afastada de tudo. A ter que ser feito um novo aeroporto façam-no perto de Santarém, algures entre o Carregado e o Entroncamento. É uma zona com infraestrutura rodoviária e de linha férrea, onde estão instaladas inúmeras operações logísticas de âmbito nacional, que comprovam a boa localização. Seria assim um aeroporto que além de servir bem Lisboa, serviria também o país de forma efectiva, dada a sua muito maior centralidade.

    • Pessoalmente acho que faria todo o sentido fazer o novo aeroporto de Lisboa no Gerês ou em Vila Real de Santo António.
      Ou melhor … Badajoz, deixar que os espanhóis se preocupem com os impactos e já agora com os custos e fica a cerca de 2 horas de Lisboa.

      Sim como assim, a nossa economia já não deve de existir quando o aeroporto for aprovado porque o Costa já deve ter conseguido lixar isto tudo e Portugal vai estar fechado.

      • agora imagine se, para além do Costa, viesse uma pandemia mundial! Isso é que era a desgraça total, mas ainda bem que isso só em filmes!!

      • Quando não se tem nada de jeito para dizer, fica-se calado para evitar figuras tristes. O Carregado fica basicamente à mesma distância em minutos do que o Montijo. Sugiro que arranje um mapa, e guarde a fanfarronice para quem lhe ache piada.

        • Não preciso de um mapa, vivi na Castanheira do Ribatejo e tenho uma casa no cartaxo, sem bem onde fica o Carregado e pessoalmente viria a minha casa a valorizar se o aeroporto fosse para o Carregado ou Santarem.

          O que não faz sentido é discutir um aeroporto numa altura em que a aviação se prepara para decair, questões ambientais, efeitos do covid, novos meios de transporte, etc.
          Ainda para mais numa altura em que não há dinheiro.

          Quanto á localização, a sua é apenas mais uma, mas não faz qualquer sentido o
          aeroporto de Lisboa não ser em Lisboa, existe capacidade de crescimento no actual aeroporto.

  4. O Montijo não é possível não só pelo impacto ambiental mas principalmente porque é um pequeno aeroporto, numa pequena península e sem qualquer possibilidade de expansão, um aeroporto em Beja nunca faria sentido porque simplesmente nenhuma companhia aérea quereria voar para uma cidade a duas horas de distância de Lisboa que ainda por cima tem pouca população e poucos turistas e sim, se as pessoas querem ir para Lisboa só faz sentido um aeroporto perto da capital, qual seria o sentido de o meterem em Beja ou em Leiria ou em Fátima? As melhores localizações são ou em Alcochete ou em Alverca, localidades próximas a Lisboa, com menor impacto ambiental e com eventual capacidade de expansão.

  5. Por este andar eu quero um aqui no meu quintal, Beja não porque está a uma hora e tal de Lisboa e a menos que isso da Comporta e do Algarve. No entanto ficar 4 horas na Portela ou em Faro é IN, desenvolver é fazer onde não há. caso contrário Terreiro do Paço, fica perto de Cacilhas, Alverca e Montijo e por aí fora.

  6. Eu pergunto me… Porque insistir numa ligação TGV de Lisboa ao Porto numa 1:15 em vez de estudar uma via férrea de ligação de Beja a Lisboa em 30-40min. O aeroporto está feito, será que custa tanto como as expropriações e a deslocalização da BA6, além da solução do Montijo ser um aeroporto sem possibilidade de expansão, com custos para populações e para os congestionamentos já sentidos?

  7. Lisboa já tem a sua capacidade de carga no máximo em termos de turistas, em 2019 acredito que qualquer lisboeta fosse desta opinião, portanto não acredito que a melhor opção seja construir mais um aeroporto na área metropolitana, não é sustentável. Somos um país pequeno sem dinheiro para grandes obras públicas, porque não aproveitar o que já temos e, com o dinheiro da UE, aproveitar o aeroporto de Beja e investar na rede ferroviária para ligar este a Lisboa e Faro? Seria um aeroporto complementar aos dois e a pouco mais de uma hora de distância. Beja e Évora seriam ambas beneficiadas, além da zona do Alqueva ser potenciada para investimento turístico.

  8. Em primeiro lugar temos de perceber que estamos em Portugal, ou seja o resultado final não conta, só o processo conta. Portanto, a solução que for mais cara, ganha… Simples.

  9. Como sabem as pessoas mais bem informadas, o negócio da ANA na Portela foi 1 negociata entre poucos amigos que entre outros beneficiários levou a deixar no comando Frasquillho & Arnaut. Para prejuízo do Ambiente dado que o Montijo é zona muito frágil do ponto de vista da poluição e não apenas das Aves. Assim sendo, a única solução de longo prazo que ganhou em todos os items analisados pela Ordem dos Engenheiros e pelo LNEC conforme foi tornado público é Alcochete por estar fora de agregado urbano. Acabem com a corrupção dos variadíssimos Lobys e decidam a favor de Lisboa e de Portugal, agora !

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