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Noruega com poucos casos de infeções nas escolas. Medidas podem ser aliviadas

A Noruega mantém as escolas com o segundo nível das medidas para combate à pandemia. Contudo, pondera aliviá-las caso se confirme que as crianças não têm um papel acrescido na transmissão do vírus.

As autoridades de saúde norueguesas reportaram poucos casos de infeção em estabelecimentos de ensino escolar e pré-escolar. Margrethe Greve-Isdahl, médica-chefe no Instituto de Saúde Pública da Noruega, refere, neste contexto, que “as conclusões estão em linha com o que tem sido identificado noutros países”.

A médica norueguesa acrescenta que a atenção dada aos casos de infeção ou quarentena de alunos ou profissionais, dá uma falsa ideia de que há uma grande disseminação do vírus nas escolas e jardins de infância.

O relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), publicado no início de agosto concluiu, com base nos dados conhecidos na altura, que ainda não tinha sido demonstrado que a reabertura dos estabelecimentos de ensino estivessem associados a aumentos significativos na transmissão fora do contexto escolar.

No documento pode ler-se que a maior parte dos casos reportados nas escolas e jardins de infância na Noruega dizem respeito a infeções que aconteceram fora da escola, e que as crianças e alunos são normalmente infetados por adultos no agregado familiar ou outros adultos com quem tenham contacto próximo. No relatório diz ainda que as infeções entre funcionários nos estabelecimentos de ensino são mais comuns do que entre alunos.

Em quase 9 mil estabelecimentos de ensino, só 96 registaram casos de infeção, sendo que destes, apenas 13 com mais de três casos entre os alunos. De acordo com o levantamento da equipa norueguesa de deteção de infeções, só houve duas situações com mais de 20 casos, revela o Observador.

A Noruega encerrou os estabelecimentos de ensino no início da pandemia, a 13 de março. Porém, a partir de 7 de abril fez uma reabertura gradual de jardins de infância e escolas, usando um sistema de semáforo. Todas as escolas, até 2 de junho, estiveram no nível vermelho – considerado o mais alto – e depois disso passaram para o nível amarelo.

De modo a perceber o papel das crianças na transmissão do vírus o Instituto de Saúde Pública norueguês vai fazer um estudo com as crianças dos estabelecimentos escolares entre os 2 e os 16 anos. Se se verificar que as crianças representam um risco reduzido de transmissão do vírus, as medidas restritivas poderão ser aliviadas.

ZAP //

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