Marcelo Rebelo de Sousa vai receber, esta segunda-feira, a ministra da Saúde em Belém. Esta é a primeira de um conjunto de dezenas de audições que o Presidente da República vai fazer a personalidades da área da Saúde e da Economia.
O Presidente da República quer chegar a um consenso quanto às medidas que devem ser tomadas para fazer face à covid-19, numa altura em que os casos de infeção diários atingem valores superiores aos do início da pandemia.
Medidas mais restritivas e até um novo estado de emergência não são descartados. Mas, antes, Marcelo Rebelo de Sousa quer reunir-se com personalidades da área da Saúde e, dias depois, da área da Economia. Esta segunda-feira, recebe a ministra Marta Temido em Belém, avança o Observador.
De acordo com o diário, Marcelo está preocupado com o facto de haver dois grupos de opinião: os que pedem medidas mais radicais e os que se preocupam com a economia e a situação económico-social. Há ainda um terceiro grupo, mais pequeno, que está preocupado com as restrições de liberdades. Perante este cenário, o Presidente vai exigir uma resposta comum.
Na sexta-feira, o chefe de Estado admitiu medidas mais restritivas e, apesar de não deter o poder executivo, deixou um aviso claro de que quando tiver de agir em conjunto com o primeiro-ministro, assim o fará.
Embora tenha sublinhado que “há graus progressivos de intervenção“, Marcelo deixou a porta aberta para que se avance para medidas já aplicadas noutros países em caso extremo de esgotamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Entre as medidas está o recolhimento obrigatório ou uma nova situação de emergência.
Da mesma forma, o Presidente disse, no sábado, admitir maiores desequilíbrios nas contas públicas se assim for necessário para responder à pandemia: “O défice é muito importante, mas se for provado que, efetivamente, é preciso mais uns tantos zero vírgula qualquer por cento pela urgência de reforço do orçamento da saúde e os partidos entenderem que assim deve ser, pois assim deve ser.”
Esta ronda de audiências, que começa esta segunda-feira com a ministra da Saúde, inclui “o atual bastonário e os ex-bastonários da ordem dos médicos, depois bastonários de outras áreas ligadas à saúde, depois antigos bastonários, depois antigos ministros da saúde, depois naturalmente também sindicatos e confederações patronais”, revelou.
O Observador escreve ainda que o Presidente admite ouvir outras figuras da área da economia, que irão sendo agendadas à medida que as reuniões vão sendo realizadas.
Claro! Ante a total incompetência do Primeiro Ministro o Presidente da República montou, ele próprio, um gabinete de crise. A questão é a qualidade dos participantes. Conhecido o elenco, tenho quase a certeza que aqui, no Lar da Santa Casa, se conseguia um elenco mais lúcido e com mais visão de futuro.
É tudo muito lindo mas,já devia de ter sido feito há 3 meses.É sempre a mesma coisa,acordam tarde.
Portugal precisa da uniao de todos os grupos, economicos, sociais, politicos, e resto do elenco. Um dos erros ‘e politicos estarem sempre nos meios de comunicacao, o resto dos meios empresariais nao conta… nao ‘e justo, o pais tem de ter mais iniciativa, mas os meios de comunicacao teem de colaborar.
Mas… os meios de comunicação são detidos pelo “meio empresarial”!…