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Bancos emprestam entre 250 e 400 milhões ao Fundo de Resolução para o Novo Banco

António Cotrim / Lusa

Após as negociações desta semana, os bancos chegaram a um entendimento. Os bancos vão emprestar ao Fundo de Resolução entre 250 e 400 milhões de euros.

De acordo com o Jornal Económico, a Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, Santander e BPI vão emprestar entre 250 e 400 milhões de euros ao Fundo de Resolução para capitalizar o Novo Banco a partir do próximo ano.

Segundo o mesmo jornal, o empréstimo será na ordem dos 275 milhões de euros, mas as negociações ainda não foram fechadas e irão continuar durante as próximas semanas.

O empréstimo vai no sentido da indicação do Governo de que a quantia pedida pelo Novo Banco ao Fundo de Resolução não deveria ser superior a 400 milhões.

Os bancos acordaram num empréstimo de longo prazo feito com juros em linha com as condições de mercado.

Segundo o Jornal Económico, o BCP pretendia que outras instituições que fazem concorrência aos bancos – em áreas que não fossem depósitos – também começassem a pagar uma contribuição especial. Porém, o Governo opõe-se a essa hipótese, por isso não deverá ser possível um entendimento.

Os bancos aceitaram socorrer o Fundo de Resolução depois de o Bloco de Esquerda ter exigido ao Executivo que nenhuma verba para o Novo Banco fosse inscrita no novo Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), cujas negociações ainda decorrem.

O Observador adiantou que o Governo decidiu deixar o banco de fora do OE2021, mas a solução não satisfaz o Bloco e pode comprometer as negociações.

O Fundo de Resolução detém 25% do Novo Banco e é também responsável pelas injeções de capital instituição ao abrigo do acordo de venda. A Lone Star ficou com 75% do banco em 2017 e o acordo prevê que o banco pode pedir todos os anos injeções de capital para cobrir perdas registadas com a venda de ativos tóxicos que herdou do antigo Banco Espírito Santo.

O acordo estabelece que o fundo possa cobrir perdas até 3.890 milhões de euros e já foram injetados 2.976 milhões. Deste montante, 2130 milhões de euros vieram de empréstimos do Estado. Poderão ainda ser injetados mais 900 milhões de euros.

Novo Banco vende mais uma empresa e cumpre metas de 2019

O semanário Expresso adiantou esta quinta-feira que o Novo Banco conseguiu alienar a participação que detinha numa empresa seguradora, a GNB Seguros, que estava por fechar há meses. Era o último dos compromissos que tinha de cumprir até ao final de 2019.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o Novo Banco indicou que fechou a venda de 25% do capital na GNB Seguros ao Credit Agricole, que é já o dono dos restantes 75% do capital.

A transação foi feita por 15,9 milhões, o que terá um impacto positivo de cerca de 6 milhões de euros nas contas anuais do Novo Banco. Ao contrário de muitas outras operações, esta venda não foi feita com perdas para o banco.

Agora, o banco considera que está mais bem posicionado para terminar a limpeza este ano, podendo pensar em melhores resultados em 2021.

ZAP //

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