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Costa mantém “toda a confiança” na ministra e recusa “polémicas artificiais”

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Stephanie Lecocq / EPA

O primeiro-ministro manifestou, esta terça-feira, “toda a confiança política” na ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Em declarações aos jornalistas, após presidir à reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), na sede de Carnaxide, António Costa recusou “alimentar polémicas artificiais”.

“Não vale a pena pedirem a demissão. Quando não tiver confiança, eu resolvo o problema. Tenho toda a confiança na senhora ministra Ana Mendes Godinho e no trabalho excecional que tem vindo a fazer”, disse o primeiro-ministro.

“Não gosto de alimentar polémicas, e sobretudo numa fase de crise como esta, onde há tanta gente a sofrer, não devemos alimentar polémicas, por isso o que faço é alargar o estômago para ter maior capacidade de digestão de muitas das coisas que vou ouvindo. Porque não é de polémicas que o país precisa, o país precisa é de soluções para os problemas”, declarou ainda, citado pelo jornal online Observador.

“Não houve das palavras da ministra nenhuma tentativa de desvalorização da gravidade, se se tratasse de desvalorizar não tínhamos feito todo este trabalho com as entidades que gerem os lares, que não são do Estado”, afirmou o chefe do Executivo.

“Não podemos confundir a árvore com a floresta, senão as famílias que têm entes queridos em lares não ficariam descansadas. Não podemos criar uma situação de alarme que não se justifica. O número de lares e o número de pessoas afetadas é diminuta em percentagem. Isto não é desvalorizar. Temos de nos preocupar, mas não há razões para alarme”.

Em causa estão as declarações da ministra, em entrevista ao semanário Expresso, no sábado, que admitiu não ter lido o relatório da Ordem dos Médicos sobre o lar de idosos de Reguengos de Monsaraz, onde 18 pessoas morreram infetadas de covid-19.

Na oposição, o PSD pediu a audiência urgente da responsável governativa no Parlamento, enquanto CDS-PP e Chega exigiram mesmo a sua demissão.

Ministra diz que vai continuar a “proteger quem precisa”

Momentos antes das declarações do chefe do Governo, Ana Mendes Godinho respondeu a perguntas dos jornalistas, em Alcanena, no distrito de Santarém, depois da apresentação de um projeto sobre recuperação de casas degradadas.

“O meu trabalho é garantir que estamos a implementar diariamente todas as medidas para responder e fazer face ao momento completamente extraordinário que todos vivemos.”

Questionada se se sente fragilizada e capaz de continuar no cargo, a ministra reiterou que a sua missão é “proteger quem precisa” e que “é nesse sentido” que continuará “a trabalhar sempre”.

A governante revelou ainda que a Segurança Social enviou ao Ministério Público um relatório sobre o lar de Reguengos a 16 de julho, um mês depois do surto de covid-19 que provocou 18 mortos.

“No dia 14 de julho, a Segurança Social fez um relatório de toda a situação e no dia 16 este relatório foi enviado para o Ministério Público”, disse, acrescentando que “é nessa sede de processo que devem ser analisadas” todas as “matérias que constam dos vários relatórios que foram produzidos por várias entidades, alguns deles com elementos contraditórios”.

Esta segunda-feira, na conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou que existem, atualmente, 70 lares de idosos com casos de covid-19, sendo que 542 utentes e 2017 funcionários têm testes positivos.

O governante adiantou que este número equivale a menos de 3% do universo total de lares, acrescentando que a situação continua a ser acompanhada pelo Ministério da Saúde e que se regista “alguma estabilidade”.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Já conhecemos a sobranceria do Costa para aceitar como derrota o erro de “casting” desta ministra e não tardará a despachá-la, aliás como já o fez com outros. Entretanto, vai atirando areia aos olhos dos portugueses. Até quando???

  2. O maior problema é que este primeiro ministro da extrema esquerda, está a tentar recuperar terreno do Afetos e agora não sai da televisão. O que vale é que vai aparecer tanta vez que vai enjoar a maioria dos portugueses. Pode ser que, entretanto, vá ajudar o Jerónimo na montagem da Festa do Avante.

  3. Eles andam a namorar a esquerdalhada para a geringonça II. Esse asqueroso açoreano anda com medo que lhe roubem o tacho. A ele e à família. É só para isso que eles lá estão.

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