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Podemos e braço direito de Iglesias investigados por alegado financiamento ilegal

xixonsipuede / Flickr

Pablo Iglesias, líder do Podemos

O Podemos está a ser investigado na sequência de denúncias sobre eventuais irregularidades de financiamento do partido espanhol liderado por Pablo Iglesias, vice-presidente do Governo espanhol.

De acordo com o El Español, em causa está uma denúncia sobre suspeitas de desvios de fundos e gestão desleal apresentada por um antigo advogado do partido, José Manuel Calvente. O juiz de instrução Juan José Escalonilla ouviu o denunciante no passado dia 29 de julho. O advogado disse suspeitar de “pagamentos debaixo da mesa” e de prémios de mil euros não justificados nas contas do Podemos.

A justiça espanhola está a investigar o Podemos e Juan Manuel del Olmo, responsável pela comunicação do partido e braço direito de Pablo Iglesias, vice-presidente do Governo, como parceiro do PSOE.

Juan Manuel del Olmo é o diretor de estratégia e comunicação da vice-presidência de direitos sociais e agenda 2030, que é dirigida pelo líder do Podemos.

Outros visados são Daniel Frutos, tesoureiro do Podemos, e Rocío Esther Val, gestora do partido.

Juan Manuel del Olmo, Daniel Frutos e Rocío Esther Val foram convocados para prestar declarações no dia 20 de novembro e o tribunal deu ordem para o requerimento de documentação ao Podemos, incluindo dados da contabilidade e tabelas salariais.

O juiz vai ainda ouvir Gloria Elizo, terceira vice-presidente do Congresso e antiga responsável pela equipa legal do Podemos, e Mónica Carmona, uma das ex-advogadas do partido dispensada no final do ano passado. Ambas vão ser ouvidas em audições no dia 15 de setembro como testemunhas para refutar as denúncias feitas por Calvente.

Em causa pode estar a abertura de um processo pelos crimes de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público.

A denúncia surgiu na sequência da investigação interna no Podemos que estava a ser conduzida por Calvente e Carmona. Os dois foram despedidos em dezembro, durante o processo de negociações para o Podemos entrar numa aliança de Governo com o PSOE.

A direção do partido justificou estas demissões com um alegado caso de assédio sexual e laboral de Calvente à advogada do Podemos, Marta Flor Núñez. Por outro lado, a queixa apresentada contra o advogado foi arquivada depois do juiz ter considerado que não havia nada de ilícito nas mensagens trocadas entre os dois.

ZAP //

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