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PSOE e Podemos em contrarrelógio para coligação em dia de tomada de posse

ZIPI / EPA

O primeiro-ministro espanhol e líder do PSOE, Pedro Sánchez, com o líder do Podemos, Pablo Iglesias

O tempo para as negociações entre PSOE e Podemos para uma coligação está a esgotar-se. Em dia de tomada de posse, os dois partidos tentam os últimos esforços.

Começou hoje às 11h de Lisboa a cerimónia de tomada de posse de Pedro Sánchez como primeiro-ministro espanhol. Apesar dos três meses de negociações, o Podemos não garantiu o apoio ao PSOE, e os dois partidos tentam agora entender-se para formar uma coligação.

O passado fim-de-semana foi uma verdadeira maratona dos socialistas para tentar garantir o apoio dos 42 deputados do Podemos. No entanto, de acordo com o Observador, apesar de as duas partes confirmarem que as negociações estavam a correr bem, ainda não chegaram a um consenso no acordo no dia de tomada de posse.

Agora, num verdadeiro contrarrelógio, as negociações complicam-se. O líder do Podemos, Pablo Iglesias, recusou um cargo no governo e apela a uma presença no executivo que seja proporcional à representação política do partido. A televisão espanhola RTVE realça ainda que são pedidos cinco ministérios e uma vice-presidência de cariz social.

Com uma coligação entre PSOE e Podemos, os dois partidos conseguem 165 deputados, um número abaixo dos 176 que são necessário para alcançar maioria absoluta. Ainda assim, numa segunda volta, em que a maioria simples basta, a coligação deverá conseguir assumir o poder.

Já durante a cerimónia de tomada de posse, Sánchez admitiu o Unidas Podemos no Governo, mas não em lugares-chave. O PSOE não pretende que pastas como a do Trabalho ou das Finanças fiquem encarregues a membros do partido de Pablo Iglesias. Durante o seu discurso, Sánchez admitiu que há o risco de Espanha se perder neste impasse e que é necessário “avançar”.

Os votos do Unidas Podemos são imprescindíveis à recondução de Pedro Sánchez, depois de todos os partidos à direita do PSOE já terem confirmado que irão votar contra a sua investidura, apesar dos múltiplos apelos de chefe do Governo de gestão para que se abstenham.

A falta de progressos para formar Governo, três meses depois das eleições legislativas, leva os analistas a avançarem cada vez mais com a possibilidade de que seja marcada uma nova consulta eleitoral.

ZAP //

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