A nova prótese, que contém pequenos motores originalmente projetados para robôs da Estação Espacial Internacional (EEI), oferece um andar mais natural e uma execução mais silenciosa.
Com as próteses convencionais, os amputados têm de levantar ligeiramente a anca para conseguir levantar o pé protético. Como resultado, a marcha, além de ser menos natural, exige mais energia e pode causar danos nas articulações.
Em contraponto, as pernas robóticas proporcionam uma marcha mais confortável, ainda que a rigidez articular continue a ser uma desvantagem.
A nova prótese, criada por uma equipa de investigadores da Universidade do Michigan, consome, aproximadamente, metade da energia da bateria das pernas robóticas de última geração. O design aerodinâmico proporciona um joelho de balanço livre e frenagem regenerativa, que carrega a bateria gradualmente com a energia que é produzida quando o pé atinge o solo.
De acordo com a E&T Magazine, os motores das pernas robóticas precisam de ser o mais pequenos possível para que encaixem no mesmo espaço que um membro comum ocuparia. No passado, os engenheiros precisavam de usar pequenos motores e uma série de engrenagens para ampliar a força.
Mas havia um grande problema: o ruído. As engrenagens são barulhentas, ineficientes, aumentam o peso da prótese e dificultam o movimento das articulações. Já os motores projetados para a Estação Espacial Internacional (EEI) podem resolver este problema.
Um dos motores aciona o joelho, enquanto que o outro aciona o tornozelo. A eliminação das engrenagens reduziu o ruído e a frenagem regenerativa absorveu parte do choque quando o pé atinge o chão.
O próximo passo da equipa é melhorar os algoritmos de controlo que podem ajudar a perna a ajustar-se automaticamente a diferentes terrenos, mudanças de ritmo e transições entre diferentes tipos de atividades. O artigo científico com os resultados foi publicado na IEEE Transactions on Robotics.