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Caso BPP. Ex-banqueiro João Rendeiro condenado a cinco anos e oito meses de prisão

Mário Cruz / Lusa

João Rendeiro (ao centro) durante o julgamento do caso BPP

O ex-banqueiro João Rendeiro, antigo presidente do Banco Privado Português (BPP), foi condenado esta sexta-feira a cinco anos e oito meses de prisão.

De acordo com a SIC Notícias, que avança a notícia esta manhã, o Tribunal da Relação considerou provados os crimes de falsidade informática e falsificação de documento que lesaram o BPP.

A condenação de João Rendeiro valeu-lhe uma pena de cinco anos e oito meses de prisão.

O ex-administrador Paulo Guichard também foi condenado, mas apenas a quatro anos e oito meses de prisão.

Em 2013, o BdP condenou 11 arguidos do BPP a multas da ordem dos 11 milhões de euros. Os recursos interpostos pela maioria dos arguidos reduziram o valor para os 8 milhões de euros.

João Rendeiro também foi condenado pelo BdP a uma multa de 2 milhões de euros, entretanto reduzida para 1,5 milhões, no âmbito de infrações cometidas na gestão do BPP, nomeadamente “falsificação de contabilidade”, “inobservância de regras contabilísticas” e “prestação de informação falsa”.

Em 2018, João Rendeiro foi condenado a cinco anos de prisão por falsidade informática e falsificação de documentos, pena que fica suspensa se pagar 400 mil euros à associação Crescer.

Já o ex-administrador Paulo Guichard foi condenado a quatro anos e três meses, pena suspensa na sua execução, se pagar 25 mil euros à associação Os anjos.

Num outro processo relacionado com a Privado Financeiras, João Rendeiro e os antigos administradores Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital foram absolvidos da acusação de burla.

Em abril deste ano, o Ministério Público (MP) acusou João Rendeiro, de mais um crime de burla qualificada no caso BPP, que se relacionava com a emissão de obrigações subordinadas, no valor de 35 milhões de euros, que o BPP fez dois meses antes de pedir ajuda financeira ao Banco de Portugal (BdP).

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.

ZAP //

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