Caso BPP. Ex-banqueiro João Rendeiro acusado de nova burla

Mário Cruz / Lusa

João Rendeiro (ao centro) durante o julgamento do caso BPP

O Ministério Público (MP) acusou o ex-presidente e fundador do BPP, João Rendeiro, de mais um crime de burla qualificada no caso BPP, segundo avança o Correio da Manhã.

A acusação relaciona-se, de acordo com o Correio da Manhã, com a emissão de obrigações subordinadas, no valor de 35 milhões de euros, que o BPP fez dois meses antes de pedir ajuda financeira ao Banco de Portugal (BdP). Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital, ex-administradores, também estão acusados de burla qualificada.

O MP alega, segundo o CM, que Rendeiro, Guichard e Fezas Vital tinham conhecimento do estado de insolvência do BPP quando, em 2008, o banco fez a emissão de obrigações subordinadas no valor de 35 milhões.

Ao serem acusados de burla qualificada, os três ex-administradores terão causado danos patrimoniais aos clientes que subscreveram essas obrigações.

Esta é a segunda vez que Rendeiro, Guichard e Fezas Vital são acusados de burla qualificada no caso BPP. Em fevereiro de 2013, os três banqueiros foram acusados de burla qualificada no processo relacionado com o aumento de capital da Privado Financeiras, sociedade-veículo do BPP.

Nesse ano, o BdP condenou 11 arguidos do BPP a multas da ordem dos 11 milhões de euros. Os recursos interpostos pela maioria dos arguidos reduziram o valor para os 8 milhões de euros.

João Rendeiro também foi condenado pelo BdP a uma multa de 2 milhões de euros, entretanto reduzida para 1,5 milhões, no âmbito de infrações cometidas na gestão do BPP, nomeadamente “falsificação de contabilidade”, “inobservância de regras contabilísticas” e “prestação de informação falsa”.

ZAP //

 

 

 

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