/

Estátua de Cristóvão Colombo retirada da cidade a que deu nome no Ohio

Wikimedia

Retrato póstumo de Cristóvão Colombo, por Sebastiano del Piombo (1519)

A estátua do explorador Cristóvão Colombo vai ser retirada da cidade a que deu nome, Colombo, no Estado norte-americano do Ohio.

O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo presidente da câmara da cidade, Andrew Ginther, que deu conta que a estátua do explorador do século XV, localizada na Câmara Municipal vai ser retirada imediatamente e armazenada.

Esta mudança ocorre enquanto monumentos da Confederação e de outras figuras históricas que reprimiram ou oprimiram outras pessoas estão a ser desmanteladas um pouco por toda a parte no território norte-americano.

“Para muitas pessoas na nossa comunidade, a estátua representa patriarcado, opressão e divisão. Isso não representa a nossa grande cidade e não vamos mais viver na sombra do nosso feio passado”, afirmou Ginther, em comunicado.

As estátuas de Cristóvão Colombo têm sido alvo preferencial, entre outras, das manifestações anti-racismo, tendo já sido vandalizadas em várias cidades, como Saint Paul, no estado do Minnesota, em Richmond, Virgínia, e em Boston, onde a cabeça de uma estátua do explorador foi retirada e partida.

Protestos antirracistas em todo o país foram desencadeados pela morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), por um polícia branco que lhe pressionou o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Pelosi ordena remoção de estátuas de líderes

Nesta quinta-feira, a líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse que vai ordenar a remoção do Capitólio de retratos em homenagem a quatro antigos dirigentes que serviram na Confederação.

Numa carta enviada ao secretário da Congresso, Pelosi solicitou a remoção imediata de retratos que representam antigos líderes da Câmara de Representantes: Robert Hunter, da Virgínia, James Orr, da Carolina do Sul, e Howell Cobb e Charles Crisp, ambos da Geórgia.

Alegando que os corredores do Capitólio são “o coração da democracia” dos EUA, Pelosi disse que não deve haver “espaço nos sagrados salões do Congresso, ou em qualquer lugar de honra, para homenagear homens que personificam o fanatismo violento e o racismo grotesco da Confederação”, referindo-se aos líderes do conjunto de estados do sul que procuraram a Secessão dos Estados Unidos, durante a Guerra Civil (1861-1865).

Pelosi lembrou que sexta-feira é o “Juneteenth”, o feriado que honra o dia do anos de 1865 em que muitos afro-americanos conheceram o fim da escravidão, no final da Guerra Civil.

A líder da Câmara dos Representantes disse que o “Juneteenth” é “uma bela e orgulhosa celebração da liberdade para os afro-americanos” e observou que este ano ocorre “durante um momento de extraordinária angústia nacional, enquanto se lamentam as centenas de negros americanos mortos por injustiça racial e brutalidade policial, incluindo George Floyd, Breonna Taylor, Ahmaud Arbery e muitos outros”.

ZAP // Lusa

 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.