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BE e CDS rejeitam “paraministros”. Só negoceiam com Costa e Centeno

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Luís Forra / Lusa

O Bloco de Esquerda e CDS rejeitam negociações com “paraministros”, sublinhando que só discutem com membros do Governo, comentando a manchete do Expresso segundo a qual um gestor petrolífero está a assumir esse papel.

O semanário escreve que o gestor da petrolífera Partex António Costa Silva “tornou-se uma espécie de ‘paraministro’” e que “já acompanhou Costa em reuniões com empresários e já começou as reuniões com cada um dos ministros”, a primeira das quais com o titular da pasta do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

“O senhor primeiro-ministro é aconselhado por quem acha que pode fazer esse trabalho, é livre de o escolher. O Bloco de Esquerda, naturalmente, negoceia com membros do Governo, como fez até agora e como mandam, aliás, as regras da boa transparência da nossa democracia”, afirmou, frisando que “a figura de para-ministro não pode existir”.

No semanário Expresso escreve-se que Costa Silva já está a negociar um plano de retoma da economia e que se vai reunir com parceiros e partidos.

“As pessoas que têm competência para tomar decisões em Portugal, que estão sujeitas não só a um regime de incompatibilidades e impedimentos estritos como de transparência sobre os seus rendimentos são membros do Governo: ministros e secretários de Estado”, apontou Catarina Martins, rejeitando a figura de “paraministro”.

Questionada sobre a hipótese de ser António Costa Silva a suceder ao atual ministro das Finanças, Mário Centeno, a coordenadora do Bloco afirmou não ter nenhum comentário, salientando que essa é uma decisão que compete ao primeiro-ministro.

Em igual sentido, o líder do CDS, diz que a discussão deve ser feita entre o partido o primeiro-ministro e o ministro da Economia.

“Para discutir o plano de recuperação económica do país, o CDS conta reunir com Costa e Siza, e não com Costa Silva. O primeiro-ministro pode escolher com quem é que os seus ministros se aconselham, mas em matéria de governação do país, o CDS deve falar com o Governo e não com quem o Governo fala”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.

“Há 3 meses o CDS sugeriu ao Governo a criação de um gabinete de crise para relançar social e economicamente o país, que integrasse representantes de vários sectores fundamentais e todos os partidos com assento parlamentar. Apesar de tardiamente, vale sempre a pena recuperar esta boa ideia do CDS”, acrescentou, citado pelo Expresso.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. O CDS é engraçado quando o CDS era governo com o PPD e nomearam o Miguel Frasquilho para negociar a venda da EDP que por acaso o Frasquilho até tinha interesses na EDP não questionaram que também ele só negociava com a EDP e com o Governo, era engraçado que os negociadores nomeados pelos governos seja deste ou de outro governo fossem negociar com a oposição, esquecem-se depressa ado que fizeram antes, do BE e do PCP nem comento esses é do quanto pior estiver o País melhor para eles.

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