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Itália reabre fronteiras com a UE a 3 de junho sem quarentena

Alessandro Di Marco / Lusa / EPA

“Não vai ficar tudo bem”. Lojistas italianos em protesto contra a Fase 2 do Plano de Desconfinamento de Conte

Itália vai abrir as fronteiras com a União Europeia, sem necessidade de quarentena, a partir de 3 de junho, segundo um decreto aprovado esta madrugada, que estabelece também normas para a reabertura das atividades económicas do país.

O diploma legal determina ainda que a partir da mesma data será permitida a deslocação entre as diferentes regiões do país.

O decreto acrescenta que as viagens a partir de e para o estrangeiro poderão apenas estar limitadas por medidas governamentais dos outros países e pelo “cumprimento das restrições decorrentes da regulamentação da União Europeia e de obrigações internacionais”.

É uma medida que tem como objetivo recuperar os fluxos turísticos no país durante o verão, e que tem sido fortemente apoiada pelos ministros da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus. Além disso, facilitará o reencontro das numerosas famílias separadas pelo bloqueio fronteiriço, aplicado desde março.

A proibição de mobilidade será limitada às pessoas que testem positivo para o coronavírus ou que se estejam em quarentena.

Por outro lado, a partir da próxima segunda-feira, dia 18 de Maio, serão levantadas todas as restrições à circulação dentro da mesma região. Até agora, só era permitido sair de casa para comprar comida, trabalhar, em situações de emergência e, recentemente, para visitar familiares ou praticar desporto.

Contabilizando 223.000 infetados e 31.600 mortos, Itália prepara-se para abrir a partir de segunda-feira todas as empresas do país, tais como centros comerciais, lojas, cabeleireiros e o setor da restauração, incluindo tais bares e restaurantes, cuja abertura estava prevista para 1 de Junho.

Estas medidas terão de ser adotadas com base num protocolo de segurança que o Governo acordou com as regiões na sexta-feira. Muitos comerciantes italianos manifestaram-se preocupados com a falta de indicações a apenas três dias do regresso à atividade.

 

Mais 1.680 mortos nos EUA, total supera os 87 mil

Os Estados Unidos registaram 1.680 mortos causados pela covid-19 nas últimas 24 horas, o que elevou o número total de óbitos para 87.493, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. Nas últimas 24 horas foram identificados 26.396 casos, aumentando para 1.442.924 o número de contágios desde o início da pandemia.

O estado de Nova Iorque continua a ser o grande foco da pandemia nos Estados Unidos, com 345.813 infetados e 27.841 mortos, número semelhante ao da Espanha e apenas abaixo do Reino Unido e da Itália. Na cidade de Nova Iorque, apenas, morreram já 20.476 pessoas.

Em Nova Jersey há a registar 143.984 casos confirmados e 10.148 mortes, enquanto o estado do Illinois contabiliza 90.369 infeções e 4.059 mortes. Massachusetts tem 83.421 contágios confirmados e 5.592 óbitos.

Outros estados norte-americanos com um grande número de mortes são Michigan, com 4.825, Pensilvânia, com 4.422, e Connecticut, com 3.285.

O Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde da Universidade de Washington, cujos modelos para a evolução da pandemia servem de base para as previsões da Casa Branca, estimou que, no início de agosto, a pandemia terá causado 147 mil mortes nos Estados Unidos.

 

China sem mortes e apenas mais oito casos

A China voltou a não registar mortes nas últimas 24 horas e apenas mais oito casos de infeção com o novo coronavírus, seis deles importados, anunciou hoje a Comissão Nacional de Saúde. Os seis casos importados foram identificados em Xangai (5) e em Hainan (1).

Quanto aos dois contágios locais, ambos foram detetados na província de Jilin, no nordeste, onde nos últimos dias foram registados 30 casos.

Depois da província de Hubei, o berço da pandemia, o nordeste da China tem sido o local de maior preocupação para as autoridades, que nas últimas semanas foram forçadas a fechar a fronteira com a Rússia, de onde chegaram os casos dos cidadãos chineses infetados.

Embora esse foco tenha sido inicialmente limitado à província de Heilongjiang, novos casos de transmissão local surgiram em Jilin e na província vizinha de Liaoning nos últimos dias.

As autoridades de saúde indicaram que mais dez pacientes receberam alta, elevando o número total de infetados ativos na China para 89, 11 dos quais permanecem em estado grave. O número total de mortes permanece em 4.633 e o de infetados em 82.941, com 78.219 dados como recuperados.

 

África com 2.630 mortos e mais de 78 mil casos

O número de mortos da covid-19 em África subiu para os 2.630, com mais de 78 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, África CDC, nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.556 para 2.630, enquanto os infetados com covid-19 passaram de 75.447 para 78.194. O número total de doentes recuperados aumentou de 27.227 para 29.453.

O norte de África mantém-se como a região mais afetada pela doença, com 1.369 mortos e 25.637 infetados com vírus da covid-19.

Na África Ocidental há 477 mortos e 22.944 infeções, enquanto a África Austral contabiliza 266 mortos e 14.690 casos, quase todos concentrados num único país, a África do Sul, que contabiliza 13.524.

Seis países – África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos, Nigéria e Gana – concentram cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus no coninene e mais de dois terços das mortes associadas à doença.

O Egito é o país com mais mortos (592) e tem 11.228 casos, seguindo-se a Argélia, que regista 536 mortos e 6.629 infetados. A África do Sul tornou-se o terceiro com mais mortos (247), continuando a ser o país africano com mais casos, com 13.524 infetados. Marrocos tem 190 vítimas mortais e 6.652 casos, a Nigéria 171 mortos e 5.445 casos, enquanto o Gana tem 28 mortos, mas é o quinto país com mais casos (5.638).

Na quarta-feira, o Lesoto anunciou a primeira infeção com o vírus da covid-19 e, assim, continua apenas sem notificar casos da doença o território da República Saarauí, que integra a União Africana, mas que não é reconhecido como país pelas Nações Unidas.

Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções, com 913 casos, e regista três mortos. Cabo Verde tem 326 infeções e dois mortos e São Tomé e Príncipe regista 235 casos e sete mortos. Moçambique conta com 119 doentes infetados e Angola tem 48 casos confirmados de covid-19 e dois mortos.

 

4,5 milhões de pessoas infetadas

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 304 mil mortos e infetou perto de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 118 mil contra mais de 164 mil).

A doença é transmitida pelo SARS-CoV-19, um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

ZAP // Lusa

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