Metade das companhias aéreas pode desaparecer caso os Governos não injetem rapidamente dinheiro, avisa um dirigente da IATA. A pandemia de covid-19 deixou as transportadoras numa crise sem antecedentes.
Alexandre de Juniac, diretor-geral e chefe da direção da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) adianta que caso os Governos não injetem dinheiro rapidamente, metade das companhias aéreas pode desaparecer.
Em entrevista ao RC Webdiffusions, o dirigente da IATA diz que “é absolutamente urgente que os apoios financeiros já anunciados ou prometidos cheguem rapidamente às empresas”. E ressalva: “Têm de ser apoios significativos e generosos, caso contrário no final desta crise sanitária metade das empresas já não existirão”.
Injeção de capital, empréstimo, subvenção ou pré-garantias são algumas das formas propostas por Alexandre de Juniac para injetar dinheiro nas mais de 300 transportadoras que operam atualmente. Aliás, na sua ótica, a nacionalização de algumas companhias aéreas não está fora de equação.
De acordo com o Expresso, a Airbus prevê ainda que o setor da aviação precise de três a cinco anos para regressar ao estado em que se encontrava antes da pandemia de covid-19. A IATA antecipa ainda uma quebra de 60% no tráfego aéreo até ao final do ano.
Para aqueles que já tinham bilhetes comprados, Juniac recomenda que se reagende a viagem em vez de pedir o reembolso. “Estamos em pleno coração da crise e as companhias estão sem condições financeiras para o poderem fazer, embora o possam concretizar para os clientes mais necessitados”, explicou o dirigente da IATA.
“Trata-se da crise mais profunda de sempre para a nossa indústria”, disse em meados de março Juniac, apelando a governos para ajudarem quando se aproxima “uma crise de liquidez”. “Precisamos desesperadamente de dinheiro”, adiantou.
Coronavírus / Covid-19
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