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Alemanha alivia restrições, mas avizinha-se segunda e terceira ondas

A Alemanha vai começar a aliviar as medidas de restrição, embora os especialistas em infecciologia avizinhem uma segunda vaga e não excluam uma eventual terceira vaga da doença.

A Alemanha teve um aumento de 947 novos casos diagnosticados da covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de 164.807 infetados e anuncia hoje um novo pacote de medidas que visam o regresso à normalidade.

Esta quarta-feira, a chanceler Angela Merkel e os líderes dos 16 estados federados voltam a reunir-se em videoconferência para discutir um novo relaxamento das medidas de contenção. Entre as novas indicações estão a abertura de todas as lojas, independentemente do espaço, desde que respeitando regras de higiene e limitando o número de pessoas.

Todos os alunos deverão poder voltar às escolas ainda antes das férias de verão e as atividades desportivas de competição vão voltar a ser permitidas, desde que a distância de segurança, de 1,5 a 2 metros, seja cumprida.

O regresso dos jogos de futebol da Bundesliga, sem espetadores, deve acontecer já a 15 ou a 21 de maio. Ainda assim, grandes eventos com público, como festivais, estão proibidos pelo menos até 31 de agosto.

Cada estado federado será responsável por decidir quando reabrir restaurantes, hotéis, pensões e apartamentos de férias, escolas de música ou ginásios, entre outros.

Ainda assim, já hoje, o ministro da Saúde, Jens Spahn, apelou, no programa “Morgenmagazin” da ZDF, que haja critérios uniformes em todos as regiões para que o país “não seja uma manta de retalhos desconexa que só cria confusão”.

O presidente do Instituto Robert Koch, Lothar Wieiler, afiança “com um alto grau de certeza” que haverá uma segunda onda de contágios do novo coronavírus na Alemanha. Alguns investigadores vão mais longe e não excluem uma eventual terceira onda.

“Isto é uma pandemia e este vírus vai provocar a doença até que 60% ou 70% da população se infete”, disse Wieiler, citado pela revista Sábado, em conferência de imprensa.

A chanceler alemã sublinhou que o novo coronavírus e os seus efeitos são globais e só podem ser superados com a cooperação global, realçando que a Alemanha terá uma “contribuição ativa”.

O país prolongou até 15 de maio os controlos fronteiriços de tráfego terrestre, marítimo e aéreo com a Áustria, Suíça, França, Luxemburgo e Dinamarca.

ZAP // Lusa

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