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Há hospitais com escassez de medicamentos (e Portugal está a ser acusado de “açambarcar”)

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Portugal está a ser acusado por uma organização belga sem fins lucrativos, a Affordable Medicines Europe, de fazer um armazenamento excessivo de medicamentos essenciais para o tratamento da covid-19.

De acordo com a acusação, feita pela organização à agência Reuters, há hospitais na União Europeia (UE) que estão com escassez – ou previsão de escassez – de medicamentos essenciais no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.

Os culpados, segundo a organização que supervisiona a circulação e comércio entre empresas farmacêuticas grossistas da UE e engloba “100 empresas de 23 países”, poderão ser Portugal e a Áustria, segundo denunciou Kasper Ernest, secretário geral da organização, citado pelo Observador.

Segundo a agência Reuters, as restrições ao comércio entre países e o armazenamento excessivo em stock são as duas principais causas para a escassez e previsão de escassez de medicamentos em hospitais da União Europeia.

Segundo a Reuters, foram adotadas “medidas protecionistas” por “muitos dos 27 Estados-membro”, havendo uma corrida de cada país, não só a máscaras, ventiladores e outro tipo de equipamentos médicos, mas também aos medicamentos.

A Agência Europeia do Medicamento também reconheceu a existência do problema, dizendo que “alguns Estados-membros da UE indicaram que estão a começar a ver escassez de certos medicamentos para tratar pacientes com covid-19″.

Alguns hospitais europeus, incluindo unidades de saúde em Itália e Espanha, já assumiram que, em breve, não conseguirão tratar pacientes com covid-19.

Entre os medicamentos que estão em falta estão “anestesias, antibióticos e relaxantes musculares” usados em unidades de cuidados intensivos para tratar doentes com Covid-19 em estado crítico.

Na segunda-feira, foi noticiado que dois milhões de máscaras e outro material médico furtados de um armazém na Galiza, terão sido vendidos em Portugal. O equipamento está avaliado em cinco milhões de euros e foi adquirido por uma empresa portuguesa que conhecia a proveniência do material.

ZAP //

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6 Comments

  1. Gostaria saber quais as fontes desta notícia. Sou médico, tenho uma clínica, conheço a nossa indústria farmacêutica e as diversas empresas que actuam no sector. Trata-se de uma acusação muito grave. A ser verdade deveria seguir-se uma queixa formal.

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