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Seis infetados tiveram alta do São João. E há uma segunda pessoa curada

José Coelho / Lusa

Seis pessoas infetadas com o novo coronavírus, internadas no Hospital de São João, no Porto, já receberam alta hospitalar. Entretanto, a diretora-geral da Saúde confirmou que há uma segunda pessoa curada.

De acordo com o Jornal de Notícias, duas famílias de Lousada, uma com quatro elementos e outra com dois, vão regressar a casa, esta sexta-feira, depois de terem estado internadas no Hospital de São João, no Porto, infetadas com ​​​​​​​o novo coronavírus.

Estas seis pessoas irão continuar os tratamentos em casa, em isolamento. “Têm de ter acesso a alimentos e tem de haver um protocolo no manuseamento e recolha dos lixos. Ou seja, durante o isolamento serão necessárias respostas e mesmo que haja retaguarda familiar é preciso dar informação”, explicou Nelson Oliveira, vereador da Saúde da autarquia de Lousada, citado pelo JN.

Esta quinta-feira, um outro homem de Lousada já tinha tido alta hospitalar, tratando-se da primeira pessoa curada da doença. Entretanto, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, confirmou que há mais um caso de uma pessoa recuperada, ou seja, não apresenta sintomas e as duas análises tiveram resultado negativo.

Em declarações à agência Lusa, Francisco Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Coruche (Santarém), também adiantou que a aluna da escola secundária que estava infetada teve alta hospitalar, estando já em casa.

O autarca disse ainda que os outros dois doentes, trabalhadores de uma fábrica de arroz do concelho (um dos quais a mãe da jovem), ainda internados no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, estão a recuperar.

Chamadas para a linha Saúde 24 passam a ser gratuitas

Na mesma conferência de imprensa da DGS, Jamila Madeira, Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, anunciou que “começaram a trabalhar mais 112 enfermeiros” na linha Saúde 24 e que as chamadas feitas para esta linha passam a ser gratuitas.

“Foi possível passar de 200 chamadas em simultâneo para 500 e destas para 1200. Estamos a trabalhar para chegar às 2000 em simultâneo”, afirmou ainda a governante, acrescentando que a linha tem um novo “algoritmo que permitiu agilizar o sistema de resposta”.

Jamila Madeira também anunciou que foi criado um novo call center com mais 100 profissionais para ajudar a dar resposta às chamadas e apelou ainda aos portugueses com dúvidas que visitem o novo site, que tem “informações dinâmicas e atualizadas”.

O mais recente relatório da Direção-Geral da Saúde confirmou, esta sexta-feira, que há 112 casos de Covid-19 confirmados em Portugal, mais 34 do que na quinta-feira. Há 1308 casos suspeitos e 5674 pessoas sob vigilância.

Santa Maria abre primeira enfermaria exclusiva

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) suspendeu as consultas externas e cirurgias programadas não urgentes e criou no Hospital Santa Maria a primeira enfermaria do país “exclusivamente vocacionada” para receber doentes com Covid-19, “com capacidade para 22 pessoas”.

A esta enfermaria junta-se uma Unidade de Cuidados Intensivos com capacidade até 11 doentes e que pode receber casos que necessitem de oxigenação por membrana extracorpórea.

Na próxima semana, o CHULN terá cerca de 250 trabalhadores em teletrabalho, medida que a curto prazo vai abranger mil trabalhadores, sobretudo de áreas não assistenciais.

O Centro Hospitalar passará também a ter um novo espaço de isolamento para casos suspeitos junto à Urgência Central, que se junta a um outro que entrou em funcionamento no início da semana.

As medidas foram tomadas depois de, nas últimas 48 horas, ter havido um aumento do número de doentes internados com Covid-19, diagnósticos que decorreram da aplicação pelo CHULN do critério de caso revisto pela DGS, que passou a incluir como critério para caso suspeito a existência de quadro infeccioso respiratório grave sem agente identificado.

IPO Lisboa suspende cirurgias oncológicas não urgentes

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa vai suspender as cirurgias programadas não oncológicas e as oncológicas não urgentes e sem implicações na vida ou progressão da doença, disse à agência Lusa fonte da instituição.

A mesma fonte adiantou que serão também adiadas as consultas de follow-up que não são urgentes e assegurou que as medidas que serão tomadas pelo IPO servem para a instituição “garantir a atividade assistencial aos doentes oncológicos”.

Está igualmente a ser avaliada uma gestão mais criteriosa das camas de cuidados intensivo, uma vez que o IPO está a receber solicitações de outras unidades de saúde.

A instituição está igualmente a avaliar o funcionamento da Unidade de Atendimento Não Programado, que é gerido por enfermeiros e serve para dar apoio e assistência a doente que estão em tratamento ou em fase aguda e que têm alguma complicação.

No âmbito do combate à pandemia, o IPO já tinha anunciado uma série de medidas, designadamente interditando todas as visitas aos doentes internados e pedindo aos doentes em ambulatório que se desloquem, sempre que possível, sem acompanhante.

Laboratório Militar vai produzir gel e fazer testes

O Laboratório Militar vai começar, na próxima semana, a produzir gel de limpeza e testes ao Covid-19 para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), afirmou hoje o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

O laboratório vai agora “aumentar a capacidade dessa linha de produção” do gel de limpeza, “numa altura em que há dificuldades em comprar produtos de limpeza”, através da contratação de mais pessoas e da compra de mais matérias-primas e “corresponder às necessidades não só das Forças Armadas como de todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse o governante.

Também na próxima semana o laboratório vai começar a testar e a fazer os testes ao Covid-19, algo que, segundo o ministro, “não fazia”, mas tem capacidade para fazer, mais uma vez, para “corresponder às necessidades das Forças Armadas e do SNS”.

ZAP //

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