Um hospital de campanha, disponibilizado pela Cruz Vermelha, vai ser instalado no Santa Maria, em Lisboa, para fazer a triagem de doentes suspeitos de infeção do novo coronavírus oriundo da China (Covid-19).
A informação foi avançada esta sexta-feira à TSF pelo presidente da Cruz Vermelha, que deu conta que a estrutura é provisória e faz parte do lote de equipamentos que a instituição já disponibilizou ao Ministério da Saúde.
“Vão ser colocadas essas infraestruturas nos hospitais que possam requerer ambiente de isolamento específico para doentes suspeitos a fim de não estarem próximos dos doentes que procuram dos doentes que procuraram as urgências habitualmente“.
De acordo com o mesmos responsável, para além do hospital de campanha, a Cruz Vemelha pode disponibilizar milhões de máscaras ao Estado.
“Há uma reserva que ultrapassa os dois milhões e cem mil unidades e de equipamento individuais, com máscaras de ambiente hospitalar, que são superiores a 20 mil. Para além disso, estão neste momento ambulâncias em prontidão para transporte de doentes”, disse.
O anúncio da instalação do hospital de campanha no Santa Maria surge no mesmo dia em que Portugal registou quatro novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 13 o número total de casos em território português.
OMS alerta para “falsa esperança”
A Organização Mundial de Saúde deixou, esta sexta-feira, o aviso de que é “uma falsa esperança” acreditar que a nova estirpe do coronavírus desapareça no verão, com o aumento das temperaturas, como costumar acontecer com o vírus da gripe.
O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan afirma que esse cenário é um mito, até porque não se sabe qual o comportamento do novo vírus e “não há qualquer evidência” de que tal venha a acontecer.
Por isso, a OMS quer que o combate à doença continue “agora”, para que não se espere que o novo coronavírus desapareça sozinho. “Ainda não sabemos como este novo vírus se comporta noutras situações climatéricas, assumimos que o vírus mantém a capacidade de se espalhar”, sublinhou Michael Ryan.
100.000 infetados em todo o mundo
O número de pessoas infetadas pelo Covid-19 em todo o mundo ultrapassou os 100 mil, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP), com dados atualizados às 15:00 desta sexta-feira. No total, a epidemia já infetou 100.002 pessoas, das quais 3.407 morreram, em 91 países.
Desde o último balanço divulgado pela AFP às 09:00, foram registadas 1.879 novas contaminações e 22 mortes. Só no Irão, foram registados 1.234 novos casos e 17 mortes. A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, tinha 80.552 casos, incluindo 3.042 mortes.
Na lista dos países mais afetados surgiam, depois da China, a Coreia do Sul (6.284 casos, 42 mortes), Irão (4.747 casos, 124 mortes), Itália (3.858 casos, 148 mortes) e França (577 casos, nove mortes).
A Ásia registava, às 15:00 desta sexta-feira, um total de 88.388 casos (3.101 mortes), a Europa 6.284 casos (165 mortes), o Médio Oriente 4.993 (121 mortes), Estados Unidos e Canadá 194 casos (12 mortes), Oceânia 68 (2 mortes), África 41 pessoas infetadas e América Latina e Caribe 34 pessoas casos do novo coronavírus.
Cerca de 50 mil pessoas infetadas já recuperaram.
Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da OMS.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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