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Costa desaconselha viagens de finalistas. Associação de pais diz que “não vale o risco”

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partidosocialista / Flickr

O primeiro-ministro, António Costa

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta quinta-feira que Portugal acabará por ter casos de coronavírus “mais cedo ou mais tarde”.

No entender líder do Executivo, que falava aos jornalistas em Bragança à margem da primeira reunião descentralizada do Governo, trata-se de uma questão de tempo até o vírus originário da China chegar a Portugal.

“Creio que todos temos de estar cientes que, com o grau de expansão que o vírus tem tido, até agora temos tido a felicidade de nenhum caso positivo se ter verificado, mas, mais tarde ou mais cedo, algum caso positivo se vai verificar“, disse, citado pelo Expresso.

“Temos vindo a adotar as medidas para dar resposta quando se verificar um caso confirmado (…) Até lá, todos temos de nos concentrar em cumprir as instruções da Direção-Geral de Saúde: lavar frequentemente as mãos, evitar mexer nos olhos, nariz e boca; termos agora uma maior distância social uns com os outros”, relembrou.

António Costa frisou que é importante que não exista pânico ou dramatismo ao lidar com esta situação. “O que temos de nos preocupar é em tomarmos as medidas sem dramatização e pânicos para evitar que negligentemente possamos ser transmissores. O que tem vindo a ser feito, de acordo com as instruções da Organização Mundial de Saúde e da coordenação que tem vindo a ser feita no quadro da União Europeia, é que as medidas vão ser adotadas à medida do necessário e proporcionalmente às necessidades”.

Viagens de finalistas devem ser evitadas

Segundo o primeiro-ministro, não se justifica, para já, o encerramento de escolas. Contudo, António Costa recomenda que se evitem viagens de finalistas do Ensino Secundário, que costumam acontecer durante as férias da Páscoa.

“Talvez fosse recomendável evitarem-se viagens de finalistas... sobretudo para zonas onde já sabemos que se verifica risco”, disse António Costa.

Também a Associações de Pais (CONFAP) desaconselha os finalistas do ensino secundário a viajar. “Não valerá a pena correr o risco por esta viagem de finalistas. Este ano seria de ponderar seriamente não a realizar”, disse à TSF Jorge Ascenção, presidente da CONFAP.

De acordo com a RTP, o Ministério da Educação já terá mesmo emitido uma recomendação às escolas nesse sentido. Caso as viagens de finalistas sejam canceladas, as agências não vão reembolsar os alunos, a não ser que a Organização Mundial de Saúde aprove novas medidas de restrição, segundo o Correio da Manhã.

Em Portugal já foram testados 19 casos suspeitos de infeção por coronavírus, todos deram negativo. Sete estão ainda a ser avaliados.

ZAP //

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4 Comments

  1. Gostava que alguém me explicasse o que afirma o Primeiro Ministro e a Ministra da Saúde e outros: “Por enquanto não há necessidade de qualquer medida de prevenção. Se e quando aparecer o primeiro caso positivo, logo se irá tomar medidas. Apenas se recomenda, a quem pensa que teve contacto com alguém contaminado ou que tenha regressado de alguma zona de risco, que não entre em recintos com muita gente, além de outras medidas simples, como lavar bem e desinfetar as mãos.”

    Conforme toda a gente sabe e está mais que difundido, o contágio pode ser feito antes de aparecerem os sintomas. Assim, se alguém tiver os sintomas e for ao hospital, já entretanto contagiou imensa gente. É ou não verdade? Estarei a ver mal?

    • Finalistas de quê, se nem sequer se iniciaram!

      As palavras do Primeiro Ministro são de lamentável insensatez . Não basta desaconselhar a não viajar. É imperioso IMPEDIR que tal aconteça.
      Mas como a quem chega de fora nada é exigido, não é de admirar que os nossos jovens também possam andar à solta, sem rei nem roque…
      E depois, se a sorte não os acompanhar? E se daí resultar o escancarar das portas do azar para o País?
      Quem arcará com as consequências?
      E não será caso para a Justiça actuar? A interrogação parece absurda, mas…

  2. Sou pai de uma jovem que tem agendada uma viagem de finalistas e estou mui preocupado. Só não percebo a razão pela qual não é é tomada uma posição clara e inequívoca de, diria, proibição daquelas viagens, que para além de colocarem em risco os estudantes, poderão infelizmente ser perigoso para aumento do contágio e consequentemente por em causa a saúde pública. Mas os governantes são esquivos e omissos nesta matéria, que me parece muito importante. Não entendo…

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