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Descobertas rochas brilhantes no lado oculto da Lua

CNSA / CLEP

O veículo lunar chinês Yutu-2 encontrou “rochas brilhantes” relativamente jovens durante as suas expedições de exploração no lado oculto da Lua.

De acordo com o portal de divulgação científica Our Space (de língua chinesa), citado pela agência noticiosa espanhola Europa Press, o veículo lunar que integra a missão Chang’e-4 fotografou as rochas espalhadas, que aparentam ter uma cor mais clara do que o solo que as alberga, em meados de dezembro de 2019.

As rochas agora encontradas são bastante diferentes das já encontradas pelo rover chinês e podem ajudar os cientistas a melhor compreender a história geológica e a evolução desta área específica do lado oculto da Lua, a cratera Von Kármán, que tem cerca de 180 quilómetros e 3.600 milhões de anos.

Uma análise mais detalhada destas rochas foi levada a cabo pela equipa de cientistas, revelando que as rochas sofreram pouca erosão, que na Lua é causada por micro-meteoritos e grandes mudanças de temperatura em longos dias e noites lunares.

Esta anomalia sugere que os fragmentos encontrados são relativamente jovens.

O brilho relativo das rochas indicou ainda que estas podem ter-se formado numa área muito diferente daquela que é agora explorada pela sonda chinesa.

Em declarações ao portal Space.com, Dan Moriarty, bolseiro de um programa de pós-doutoramento da agência espacial norte-americana (NASA) no Goddard Space Flight Center no estado norte-americano de Maryland, revelou que o tamanho, a forma e a cor das rochas trazem novas pistas sobre a sua origem.

“Como as rochas parecem ser muito semelhantes na sua forma e cor, é razoável supor que todas as rochas possam estar relacionadas”, disse.

E continuou: “Chang’e-4 alunou numa área de basalto e estes materiais vulcânicos são muito mais escuros do que a crosta normal das montanhas lunares. Se estas rochas são realmente mais brilhantes do que o solo, isto pode significar que estas são formadas por componentes e materiais de crosta mais elevados do que os solos circundantes”.

No dia 8 de dezembro de 2019, a China lançou com sucesso a sonda da missão Chang’e-4, tornando-se no primeiro país a realizar uma alunagem bem sucedida no lado oculto da Lua. Chang’e-4 e Yutu-2 estão a realizar várias medições e a recolher rochas que podem revelar novos detalhes sobre esta área inexplorada do nosso satélite natural.

ZAP //

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