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Ano letivo chinês recomeça online devido ao coronavírus

Clonny / Flickr

O ano letivo recomeçou esta semana após as festividades do Ano Novo chinês. Para evitar atrasos no programa, o Governo criou uma plataforma de ensino online.

Esta segunda-feira ficou marcada pelo recomeço das aulas na China, após o fim das férias de Inverno. No entanto, o regresso às aulas ficou suspenso indeterminadamente devido às medidas preventivas de contágio do coronavírus. Como tal, para evitar atrasos no programa de ensino, o Governo lançou plataforma de ensino online.

O Governo chinês contratou empresas como a Huawei, Alibaba e Baidu para assegurar o funcionamento do sistema, noticia o jornal Público.

Os estudantes do ensino primário estão a acompanhar as aulas através da televisão estatal, enquanto que os alunos mais velhos têm acesso a uma plataforma online com o conteúdo a lecionar. Do ensino básico ao secundário, há um total de 169 aulas nesta primeira semana, divididas por 12 disciplinas.

Além disso, há professores disponíveis para tirar dúvidas através de uma aplicação de mensagens instantâneas semelhante ao WhatsApp, o WeChat.

Os estudantes universitários chineses também recorrem a aulas online para “garantir progresso e qualidade do ensino durante a época de prevenção e controlo da epidemia”. O Ministério da Educação pede ainda que sejam disponibilizadas “plataformas de suporte e recursos didáticos para os professores”.

“A situação de epidemia em que estamos representa um desafio para nós, mas também é uma oportunidade de promover a digitalização e informatização do sistema de aprendizagem”, disse o diretor da Universidade de Tsinghua em declarações à agência chinesa Xinhua.

Número de mortos sobe para 1.868

O número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu esta terça-feira para 1.868, ao mesmo tempo que foram registados 1.886 novos casos de infeção, num total de 72.436 infetados, foi anunciado.

A Comissão de Saúde da China indicou que entre as 98 mortes ocorridas no país, 93 foram registadas na província de Hubei, centro do surto e onde várias cidades foram colocadas sob quarentena, com entradas e saídas interditas, uma medida que afeta quase 60 milhões de pessoas.

O diretor do hospital Wuchang, na cidade de Wuhan, morreu hoje devido a uma pneumonia resultante do coronavírus. Liu Zhiming, de 50 anos, é o primeiro diretor de um hospital a morrer devido ao surto, de acordo com o Diário de Notícias.

Entre os 1.886 novos pacientes, 1.807 são também reportados por Hubei, onde a epidemia foi detetada no final de 2019.

Até à meia-noite (16h00 de segunda-feira em Lisboa), um total de 11.741 casos graves foram detetados no país, enquanto 12.552 pacientes superaram a doença e receberam alta.

As autoridades acrescentaram que 560.901 pessoas foram acompanhadas por terem tido contacto próximo com infetados, entre os quais 141.552 ainda estão sob observação e 6.242 são casos suspeitos de terem contraído o novo coronavírus.

Além de 1.868 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.

Embora cerca de trinta países tenham casos diagnosticados com Covid-19, a China regista perto de 99% do total global de infetados.

ZAP // Lusa

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