Roman Zawistowski Poland Out / EPA

Frank-Walter Steinmeier disse publicamente que está preocupado com os muitos sinais de antissemitismo na Alemanha.
Em 2023 houve quase 5 mil incidentes – violência e ameaças – contra os judeus na Alemanha; em 2024 o número quase duplicou, aproximando-se dos 9 mil incidentes. Não pode continuar assim, segundo Frank-Walter Steinmeier.
O presidente da Alemanha manifestou-se chocado com o aumento dos ataques antissemitas; isto apenas algumas décadas após o Holocausto.
Steinmeier está preocupado com os muitos sinais de antissemitismo no seu país. Frank-Walter Steinmeier exige que a vida dos judeus que vivem na Alemanha seja segura.
“Só quando os judeus na Alemanha estiverem novamente em casa é que a Alemanha estará completamente em paz consigo própria”, declarou o presidente alemão.
O discurso foi feito no contexto do 70.º aniversário do Instituto Leo Baeck – um instituto criado por intelectuais refugiados em homenagem a rabino, teólogo e filósofo judeu alemão que teve grande impacto na liderança espiritual e intelectual durante o período do nazismo na Alemanha.
Leo Baeck foi uma das figuras mais importantes do judaísmo do século XX. Por isso, o presidente da Alemanha acha que o seu legado é “uma obrigação” para a Alemanha actual. “A sua esperança é a nossa responsabilidade”, acrescentou.
“Os judeus estão mais uma vez a perguntar-se se estão realmente seguros na terra dos perpetradores do passado. Isso envergonha-me e deixa-me com raiva”, cita o Die Welt.
Já o chanceler Friedrich Merz, em entrevista recente à Fox News, associou a imigração ao antissemitismo na Alemanha. “Temos uma espécie de antissemitismo importado com este grande número de migrantes nos últimos 10 anos”. É um dado “terrível”, afirmou o chanceler.