Mehmet Emin Menguarslan / EPA

6,1: a terra tremeu na capital do Peru e matou uma pessoa, deixando outras cinco feridas. Nelida Rojas teve uma reacção original.
Lima, capital do Peru, foi abalada por um sismo no domingo passado. Com magnitude 6,1 atingiu também a província portuária vizinha de Callao; matou uma pessoa e feriu outras cinco.
Numa altura de pânico, houve uma peruana que… celebrou.
O seu nome é Nelida Rojas e é pastora numa igreja evangélica. A terra tremeu enquanto Nelida estava a falar na igreja, estava a meio de um sermão. Quando se apercebeu do sismo, a sua reacção foi: “Glória a Deus, aleluia!”.
Alguns dos crentes presentes na igreja levantaram-se e queriam deixar aquele espaço. “Não se mexam!”, reagiu a pastora.
“É um sismo. Não se assustem. Se estão em paz com o Senhor, devem alegrar-se e agradecer” – e aqui foi aplaudida.
Houve críticas generalizadas pelas redes sociais. A rádio Cadena Ser fala em “comportamento irresponsável”, ao retratar esta indicação para ninguém sair.
Mas será irresponsável?
Em princípio, não se deve permanecer dentro de uma igreja durante um sismo. Muitas igrejas são edifícios antigos, com estruturas pesadas e perigosas que podem colapsar (embora uma igreja evangélica tenha um edifício mais recente, muitas vezes).
Não se deve tentar sair. Mas a decisão correta depende do momento do sismo, do local onde se esteja e da estrutura do edifício.
Por exemplo, se estiver mesmo junto a uma porta de acesso ao exterior, e se verificar que consegue sair logo com segurança, deve sair; mas se estiver mais no interior, a melhor decisão pode ser ficar lá dentro.
O site A Terra Treme indica que, se está num edifício com grande concentração de pessoas (e seria este o caso), o melhor é ficar dentro do edifício, até o sismo cessar. E não se deve precipitar para as saídas.
Justificação
Nelida Rojas já publicou um vídeo, no qual justifica a sua reacção: “Foi uma resposta baseada na minha convicção e na fé que tenho em Deus. Foram circunstâncias inesperadas e reagi instintivamente. Vi sinais de alarme e tentei manter a calma“.
A pastora admite que pode não ter utilizado as palavras mais adequadas. Mas insiste: “Tentei desanuviar o ambiente. Peço perdão às pessoas que se sentiram ofendidas”.