O programa “Trabalhar no Interior” vai ser apresentado, esta segunda-feira, pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Em declarações à rádio TSF, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, explicou que um dos objetivos do programa “Trabalhar no Interior” é dar apoio financeiro a trabalhadores ou estudantes que estão a entrar no mercado de trabalho que se mudem para o interior.
Para os interessados neste apoio, que vai começar durante o 1.º trimestre de 2020, é necessário que celebrem um contrato de trabalho no interior.
A governante declarou que o valor base do apoio, dado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), se situa nos 2600 euros, mas que este pode chegar aos 4800 euros, em função das despesas de instalação e transporte, bem como por cada membro do agregado.
Segundo a ministra, também será dado um apoio financeiro às empresas — como a majoração de 25% no apoio à criação de empresa para a contratação de desempregados —, majorações em estágios no interior e no Programa Regressar.
Ana Mendes Godinho adiantou à TSF que vão ser criados 13 novos centros Qualifica e que vão “flexibilizar as regras quanto aos cursos de formação que acontecem no interior”, prometendo ainda o reforço de novos cursos, sobretudo nas áreas digitais e tecnológicas.
A ministra considera que este programa vem colmatar uma lacuna, tratando-se de “criar medidas de discriminação positiva para atrair e fixar pessoas e trabalhadores nos territórios do interior, apoiando as pessoas e as empresas”.
Ah, ah, ah, ah!
Uma anedota e uma mão cheia de nada, apenas isso!
Mais centros qualifica? Ok, já se está a ver para onde vai o dinheiro. Para um teatro em que se finge que se aprende e se ensina, mas que na prática pouco mais serve do que para aperfeiçoar e cristalizar maus vícios.
E que tal tirar as portagens das auto-estardas do interior? Isso sim era útil (sempre ajudava a compensar a medida de transportes públicos altamente subsidiados no porto e em Lisboa).
E que tal voltar a pôr a taxa de IRC das empresas do interior ao nível do que estava há uns anos?
E se dessem apoio aos que já cá vivem, com todas as dificuldades do costume?
Concordo 110%. Este programa vai beneficiar quem NÃO mora no interior e quer vir passear uns anos até cá. Seria preferível discriminar positivamente quem já cá está.
“Majoração para criação de empresas”!!! Ou seja: quem cá está, não interessa. Já estamos a pagar impostos, por isso não há apoios. Há, sim, apoios para quem vier do “litoral” para cá, criar uma empresa, que vai funcionar uns anos, ajudando a afundar quem já cá estava, e depois vai-se embora deixando um buraco maior.
Não há dúvida que os nossos governantes se fartam de pensar. Pena não serem inteligentes…
E se o governo se demitisse!
E começar por definir “interior”, não? Évora conta? Não tem praia.