O aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 635 euros resulta numa pressão adicional para a sustentabilidade da ADSE, que vai ter um encargo adicional de mais de 42 milhões de euros com os isentos.
O jornal ECO avança esta quarta-feira que o aumento do salário mínimo nacional para 635 euros, a partir de 1 de janeiro do próximo ano, vai penalizar as contas da ADSE em mais de 42 milhões de euros.
Estes números foram avançados ao diário económico pelo presidente do Conselho Geral e Supervisão (CGS) da ADSE, João Proença. A subida do salário mínimo implica uma subida do universo de beneficiários isentos, isto é, que não fazem descontos para alimentar o subsistema de saúde, de 57 mil para cerca de 60 mil.
“Estes beneficiários isentos, que são 57 mil, custam à ADSE cerca de 40 milhões de euros”. Com a atualização do salário mínimo no próximo ano, “serão mais de 60 mil”.
O antigo dirigente sindical explicou ao ECO que o impacto nas contas da ADSE é diretamente proporcional à evolução do número de beneficiários isentos.Isto significa que, aplicando a mesma taxa de evolução do universo de beneficiários isentos – de cerca de 5,3% – às contas da ADSE é possível estimar que, no mínimo, a ADSE perde 42 milhões.
Esta situação resulta, segundo João Proença, do facto de o “salário mínimo estar a subir mais que o salário médio”. Apesar desta situação, João Proença sustenta que a ADSE é “financeiramente sustentável”.