Num comunicado publicado este sábado no site do Livre, a direção do partido disse que o voto da deputada Joacine Katar Moreira não reflete as tomadas de posição oficiais do partido sobre a questão palestiniana.
Em causa está a abstenção da única deputada do partido aquando da votação, apresentada pelo PCP, “de condenação da nova agressão israelita a Gaza e da declaração da Administração Trump sobre os colonatos israelitas”.
O Grupo de Contacto do Livre diz que a sua posição sobre a Palestina “é clara desde a fundação do partido: pela autonomia do território e pelo reconhecimento do Estado da Palestina”, por isso revela “preocupação” com o sentido de voto da deputada única eleita nas legislativas de outubro.
“Ao longo dos seis anos de existência foram várias as ocasiões em que pudemos dar conta desta posição e da vontade do LIVRE em defender a causa palestiniana na Assembleia da República”, continua o comunicado.
“Defendemos que a União Europeia, à semelhança do que já foi feito por uma boa parte da comunidade internacional, reconheça finalmente o Estado da Palestina. No entanto, caso esse reconhecimento continue a ser protelado, achamos que Portugal deve avançar em nome próprio e reconhecer a Palestina como um Estado soberano”, escrevem.
Na visão do Livre, “apenas este reconhecimento pode permitir um cenário de paz e coexistência na região e condições de vida dignas para os palestinianos”.
Joacine Katar Moreira mostrou surpresa pelo facto de o seu partido, o Livre, ter manifestado preocupação com a abstenção da deputada. Em declarações à TSF, o assessor da deputada diz que Joacine está “em reflexão” e que falará sobre o tema “o mais tardar, amanhã de manhã”. Este domingo, adianta o assessor, haverá uma assembleia de membros do partido.
O texto foi votado nesta sexta-feira, tendo sido aprovado com votos a favor do PCP, PEV, Bloco de Esquerda, PS e PAN. Ainda assim a votação contou com a rejeição de PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, bem como com a abstenção de Livre e do deputado socialista Ascenso Simões.
Recentemente, os Estados Unidos deixaram de considerar ilegais os colonatos israelitas na Cisjordânia, revertendo uma política com 41 anos.
Em 2017, Trump reconheceu oficialmente Jerusalém como a capital de Israel e, um ano depois, abriu uma embaixada nessa cidade. Aliás, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, inaugurou um novo colonato nos Montes Golã, território sírio anexado por Israel em 1981, batizado “Colina Trump” em honra do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Uma Senhora Deputada que comemora a eleição para a Assembleia da República de Portugal erguendo bem alto a bandeira da Guiné; uma Senhora Deputada que na tomada de posse se faz acompanhar por um assessor que enverga um traje como aquele que vimos, cedo mostrou ao que vinha.
Nesta história apenas me surpreende como o Rui Tavares (que reconheço como um tipo inteligente e um académico brilhante, pese embora discordar em absoluto do seu pensamento político, o que é diferente de não reconhecer o mérito e o direito à diferença) e a direcção do Livre, se deixaram enganar por uma senhora que é claramente extremista e que não está minimamente identificada com o partido. Ou muito me engano, ou não tardará até que à Senhora Deputada seja retirada a confiança política. Algo que deveria ter sucedido na própria noite da sua eleição. E uma vez sucedendo tal, também me quer parecer que não demorará até que a Senhora Deputada se junte Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, onde claramente as suas posições encontrarão um maior acolhimento.
E é por estas e por outras que não tenho qualquer interesse ou capacidade para a política…
Enganou-se …………….Coiiiiiiiiiiiitaaaaaada !
Joacine tem talvez o bom senso de perceber que um estado palestiniano não é viável nas actuais circunstâncias, e que seria muito melhor levar Israel a conceder a cidadania israelita a todos os habitantes árabes da Cisjordânia. Um Israel binacional e pluricultural seria muito melhor do que um estado palestiniano condenado à miséria.
Um disparate ao nível da prestação da Joacine…
Já andam às turras?? Deputada e seu partido??
Joacine foi coerente. Não votar a favor dos palestinianos (pelas suas provocações constantes) nem a favor dos israelitas (que contra-atacam sempre). A hipocrisia do líder do partido foi desmascarada pela deputada. Parabéns pela sua coragem.
Nunca enganou, essa pessoa apenas tinha um objectivo pessoal e único, assegurar um bom tacho para o futuro às custas dos portugueses!
pena é Portugal ter deixado a terra dessa flana, afinal para as ideias dessa tipa, Portugal tinha o pleno direito de ocupar, enfim quem da ração a essa flana e ao povo que sempre invadiu terras dos outros Países, merecia o mesmo