/

104%. Americanos passam a pagar mais do dobro do preço por produtos chineses

Thomas Peter / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente da China, Xi Jinping

Bolsas positivas, mas acordos não chegam. A guerra das tarifas dispara como nunca — há uma barreira de taxas entre os EUA e o resto do mundo.

Os valores das bolsas norte-americanas melhoraram pela primeira vez em 4 dias, passando para um tímido verde. Mas nem por isso Donald Trump decidiu conter-se na sua guerra comercial aberta contra a China.

Para além de rejeitar negociar as “tarifas zero” com a Europa, esta terça feira, Trump aplicou as já ameaçadas taxas adicionais de 50% sobre produtos Chineses que chegam aos EUA, a entrar em vigor já esta quarta feira.

No total, são 104% de taxas sobre quaisquer importações da China. Isto quer dizer que um norte-americano paga mais do dobro do preço original já. aparitr da meia noite.

A medida vem em resposta à decisão da China em manter as tarifas adicionais de 38% sobre as importações norte-americanas.

Até agora, a potência asiática tem-se mantido impassível, ao contrário da Europa, no que toca ao recuo da guerra comercial. Trump dera a Xi Jinping um prazo: esta terça feira ao meio dia. O tempo passou, a China continuou implacável e as tarifas caíram.

Segundo a CNN, o Ministério do Comércio chinês apelidou às tarifas crescentes “um erro sobre um erro”. A China foi em 2024 a segunda maior fonte de importações dos Estados Unidos — exportou um total de 439 mil milhões de dólares (cerca de 401 mil milhões de euros) em mercadoria para os EUA.

De acordo com o The Guardian, já cerca de 70 países contactaram a Casa Branca numa tentativa de negociar as tarifas impostas por Trump. Dezenas de nações deverão ver as taxas sobre produtos vindos dos EUA aplicadas a partir da meia noite.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, deu a entender que, apesar destas tentativas de negociação, Trump não está para aí virado: “Ele espera que estas tarifas entrem em vigor”.

Garantiu ainda que “países como a China, que optaram por retaliar e tentar duplicar os seus maus tratos aos trabalhadores americanos, estão a cometer um erro“, já que Trump “tem uma espinha de aço e não vai partir”.

Carolina Bastos Pereira, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.