O PSD está a ponderar apresentar uma proposta para acabar com os debates quinzenais com o primeiro-ministro e torná-los mensais. A proposta passa também pela substituição de um desses “duelos” atuais por um debate temático com um ministro do Governo.
De acordo com a edição desta sexta-feira do Público, este modelo está atualmente em estudo e pode vir a constar da proposta de alteração do regimento da Assembleia da República que o PSD vai apresentar na próxima semana.
O regimento prevê a realização de debates quinzenais em plenário nos quais os líderes das bancadas (ou os presidentes dos partidos, se forem deputados) podem fazer perguntas diretamente ao primeiro-ministro.
Uma vez que a revisão do regimento vai ser analisada e trabalhada devido aos tempos a atribuir aos deputados únicos nos debates quinzenais, tanto o PSD como o PS (que também não é grane fã deste modelo quinzenal) podem aproveitar este momento para alterar as regras.
Segundo o diário, a alternativa em cima da mesa é a substituição de um dos debates quinzenais por um debate temático regular com a presença em plenário do titular da pasta em questão. Este tipo de debate está previsto no regimento, mas é pouco utilizada pelas bancadas.
Além disso, segundo o Público, esta solução não consta da proposta do PS, que já foi apresentada e mantém os debates quinzenais, mas pode vir a constar na proposta de alteração do PSD.
A ideia de terminar com os debates quinzenais e torná-los mensais foi proposta, esta quarta-feira, por Carlos César, presidente do PS e ex-líder da bancada, no programa Almoços Grátis da TSF e foi bem recebida pelo seu interlocutor, David Justino, vice-presidente do PSD.
Carlos César revelou ainda que o assunto já tinha sido “conversado no passado com o líder do PSD” e que a ideia era fazer alternar os debates quinzenais, que exigem a presença do primeiro-ministro, e com outros debates temáticos que obrigam à comparência de ministros do executivo.
Em janeiro do ano passado, em entrevista ao Público, Rui Rio já tinha expressado a pouca simpatia pelo modelo quinzenal.
