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Um em cada dez sites de compras online usa táticas maliciosas nos clientes

Um em cada dez sites de compras online usa táticas maliciosas para enganar, iludir ou persuadir os clientes. A tendência é que o recurso a estas práticas aumente nos próximos anos.

Um estudo apresentado na semana passada durante a ACM Conference on Computer-Supported Cooperative Work and Social Computing analisou mais de 11 mil sites de compras online, tendo chegado à conclusão que 1,254 (~11,1%) deles usavam táticas maliciosas nos seus utilizadores. Ao todo, foram encontradas mais de 53 mil páginas de produtos com estas táticas.

O objetivo destas estratégias é induzir os clientes a fazer compras com base em informações falsas ou enganosas. “Sites de compras que eram mais populares, de acordo com o ranking da Alexa, eram mais propensos a apresentar táticas maliciosas”, notaram os investigadores.

Segundo o ZDNet, enquanto algumas tinham o objetivo de o fazer subscrever uma newsletter ou de recolher os seus dados pessoais, outras eram bem mais intrusivas. Em alguns casos, eram adicionados produtos adicionais aos carrinhos de compras sem o consentimento dos utilizadores.

Noutras circunstâncias, eram adicionados custos adicionais que só eram revelados na hora da compra. Outra prática identificada foi a de cobrar aos clientes uma taxa mensal sobre um produto ou serviço sob o pretexto que era uma taxa única ou seria uma avaliação gratuita.

Uma das táticas maliciosas mais comuns detetada pelos investigadores é a apresentação de um desconto ou promoção que só está disponível durante umas meras horas — apesar de não ser verdade.

Por vezes também é utilizada uma linguagem que influencia os utilizadores a fazerem uma compra. Por exemplo, quando é oferecido um desconto e tem as opções “Sim! Quero o desconto!” ou “Não, obrigado. Quero pagar o preço total”. Isto também pode ser feito visualmente, dando mais destaque à opção para, por exemplo, subscrever uma newsletter.

Uma das mensagens mais encontradas é a de que o produto que o utilizador está a tentar adquirir está com pouco stock, levando o cliente a comprar de forma mais impulsiva com medo de que o item em questão fique indisponível.

A tendência, segundo a equipa de investigadores, é que o recurso a estas práticas aumente com o passar dos anos. Aliás, há já empresas externas que fornecem este tipo de serviços com táticas maliciosas, de forma a aumentar as vendas.

ZAP //

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