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Antigo fotógrafo de Banksy revela fotografias do artista-mistério a trabalhar

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(dr) Steve Lazarides

Há novas fotografias inéditas de Banksy. O artista, cuja identidade é um mistério até hoje, aparece de costas nas imagens publicadas no novo livro de Steve Lazarides, o seu antigo agente e fotógrafo.

As imagens de bastidor capturam a pessoa que pode ser o denominado Banksy em ação, criando diversas obras de arte famosas em vários locais. Nenhuma delas, no entanto, mostra o seu rosto.

As fotografias foram tiradas pelo seu ex-agente, o fotógrafo Steve Lazarides, que trabalhou com ele durante mais de uma década e que agora lança um livro chamado Banksy Captured (Banksy capturado).

A coleção de fotografias incluídas na obra, a publicar brevemente, são inéditas, selecionadas de um acervo de cerca de 12 mil, e apresentadas pelo autor como “uma viagem fascinante a anárquica pelos bastidores do homem misterioso que se tornou um dos artistas mais famosos do mundo”.

As fotografias, que Steve Lazarides também disponibiliza para venda individual no seu site, mostram os locais, urbanos ou campestres, em que as obras foram realizadas, bem como retratos das suas ações públicas.

Há também fotografias que retratam o artista em ação, sozinho ou acompanhado pelos seus colaboradores. A identidade, porém, não é revelada: nas imagens, Banksy surge de costas ou tem o rosto escondido.

Lazarides disse, de acordo com a BBC, que trabalhou com Banksy durante “11 anos gloriosos, durante os quais violámos todas as regras possíveis, além de algumas leis”. “Eu odeio o mundo da arte. Só me tornei parte dele porque o Banksy catapultou o movimento até à estratosfera”, disse. “Foi uma aventura. Mas estou feliz por ter saído dela e prestes a embarcar na próxima.”

Lazarides é da mesma cidade de Bansky, Bristol, no Reino Unido, e foi contratado para fazer o perfil do artista em 1997, o que levou a uma parceria de 11 anos. Trabalhou como agente, fotógrafo, motorista e galerista de Banksy.

A identidade de Banksy permanece um mistério, mas os seus trabalhos têm alcançado valores elevados em leilões.

Em outubro de 2018, uma obra de Banksy destruiu-se depois de ser vendida por 1,04 milhões de libras (1,18 milhões de euros) na leiloeira londrina Sotheby’s. O próprio autor divulgou uma fotografia no momento em que o quadro “Girl with balloon” se desfazia em tiras ao passar por uma trituradora de papel instalada na parte inferior do quadro.

Já em outubro deste ano, um óleo, que representa a Câmara dos Comuns, ocupada por chimpanzés, foi arrematada pelo valor recorde de 9,8 milhões de libras (11 milhões de euros).

As obras de arte de Bansky refletem temas como a guerra, a pobreza infantil e o meio ambiente. Os seus trabalhos são satíricos – ratos, polícias a beijarem-se, polícias de choque com caras de ‘smileys’ amarelos – e apareceram inicialmente em paredes de Bristol, antes de se espalharem por Londres e depois pelo resto do mundo.

Até já houve obras roubadas. Em janeiro, foi roubada uma obra atribuída a Banksy na porta das traseiras do Bataclan, “Homenagem às vítimas do 13/11”. O mural tinha sido criado em memória às 90 vítimas do atentado terrorista que ocorreu em 2015. Em setembro deste ano, uma obra que se encontrava junto ao Centro Pompidou, em Paris, também foi roubada.

Recentemente, no Reino Unido, o trabalho de Banksy que representava uma crítica ao Brexit, com um homem a partir uma das estrelas da bandeira da União Europeia, desapareceu do edifício onde estava pintado.

ZAP //

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1 Comment

  1. Pelo menos há uma coisa positiva no Banksy quando trabalha. Ao contrário de muitos outros colegas de setor não mostra o rego do cu quando se agacha. E isso já é arte em si mesmo.

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