A procuradora do Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro Simone Sibilio afirmou esta terça-feira que o porteiro que citou o Presidente do Brasil no seu depoimento acerca do assassinato da ativista e vereadora Marielle Franco, “mentiu”.
Simone Sibilio, uma das responsáveis pela investigação, explicou, em conferência de imprensa, que a verificação do testemunho em que o nome do chefe de estado foi citado, juntamente com outras provas, permitiu concluir que a declaração era falsa, acrescentando que o porteiro, que trabalha no condomínio onde Bolsonaro e um dos suspeitos de matar Marielle possuem casa, pode ser processado por falso testemunho e obstrução à justiça.
“(O porteiro) mentiu. Pode ter sido por vários motivos. E esses motivos serão apurados”, frisou Sibilio. A procuradora disse ainda que o Presidente brasileiro não é investigado e que é vítima de acusações caluniosas.
O canal de televisão Globo, que teve acesso à investigação, relatou na terça-feira que um porteiro do condomínio em que Bolsonaro tem a sua residência particular declarou aos investigadores que os alegados assassinos de Marielle Franco estiveram pouco tempo antes do crime naquele complexo residencial.
O porteiro, citado pela reportagem da Globo, disse que o suspeito, o ex-polícia Élcio Queiroz, já formalmente acusado de ter sido um dos autores materiais do crime, afirmou à entrada que queria visitar Jair Bolsonaro, então deputado federal.
Segundo a mesma fonte, alguém de casa de Bolsonaro autorizou a entrada, mas Queiroz acabou por dirigir-se à residência de Ronnie Lessa, um outro ex-polícia acusado de balear Marielle Franco horas depois, naquele mesmo dia, e que vive no mesmo condomínio que Bolsonaro. A estação televisiva Globo assegurou que, no seu testemunho à Polícia, o porteiro informou que a autorização de entrada no condomínio havia sido concedida, via intercomunicador, por Jair Bolsonaro.
Contudo, de acordo com o registo da Câmara dos Deputados brasileira, Bolsonaro estava em Brasília nesse dia. Simone Sibilio disse que os investigadores analisaram o livro de registos da entrada na urbanização, assim como as gravações do intercomunicador, e verificaram que a entrada de Queiroz foi autorizada por Lessa, e não por alguém que estava no interior da casa de Bolsonaro.
“O facto é que as evidências provam que quem autorizou (a entrada no conjunto habitacional) foi Ronnie Lessa”, frisou a procuradora. “Todas as pessoas que prestam falso testemunho podem ser processadas”, acrescentou.
No entanto, a divulgação do depoimento do porteiro gerou uma reação indignada por parte de Bolsonaro, que publicou um vídeo de 23 minutos nas suas redes sociais, no qual descreveu a Globo como “canalha”, declarando ainda que foi vítima de uma conspiração política. Bolsonaro também acusou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, seu ex-aliado, de fornecer informações à Globo sobre um assunto que está em segredo de justiça, acusações essas que o político negou.
O ministro da Justiça do Brasil, Sergio Moro, lembrou que esta não é a primeira vez que surge um falso testemunho na investigação do assassinato de Marielle Franco, na tentativa de desviar a atenção dos investigadores.
O assassínio de Marielle, ocorrido em março de 2018, gerou uma grande comoção no Brasil, devido ao facto de a vereadora, negra, homossexual e de uma favela, se ter notabilizado pelo seu enérgico trabalho como defensora dos direitos humanos, e pelas suas denúncias contra a violência policial no Rio de Janeiro.
// Lusa
Esse Bolsonaro não engana ninguém, é um assasino!
Longe de quer defender o Bolsonaro, mas parece que ele realmente nada tem ver com este episódio, até porque nem sequer estava em casa na altura!
A procuradora é uma militante bolsominion.
a justiça lá (descendente da de cá) como cá constrói e destrói casos a seu bel-prazer, condena sem factos antes do tempo, altera factos, chega mesmo a condenar juízes que ousem julgar com verdade.
Andas todo baralhadinho!…
A Justiça não construiu/destruiu, não alterou nem condenou ninguém!!
Se lesses a notícia (e raciocinasses uns segundos antes de comentar), poupavas-nos aos teus dispatates básicos!…
Tá na hora de mudar a lei, de modo a agilizar a detenção dos responsáveis e colaboradores neste tipo de crimes de difamação e atentados contra a dignidade humana e institucional e ainda mais quando envolve a segurança nacional, seus simbolos e representantes!
Atentar contra a mais alta figura da nação legitimamente eleita por expressiva maioria dos cidadãos por diversas formas configura tentativa de golpe contra a ordem e o estado democrático e é crime de desrespeito e de traição aos valores mais sagrados da nossa democracia!
A irresponsabilidade, a violencia, a desordem, a miséria e os altos niveis de banditismo são o reflexo de uma sociedade onde se permitem atropelos criminosos á lei e à ordem sem condenações efectivas que causa a impossibilidade de progresso, de gerar recursos suficiebnes e de os distribuir de forma justa e ordenada!
Temos sobejos exemplos de sociedades onde os bagunceiros subiram ao poder e foram destruindo tudo o que se achava estar garantido, e hoje a miséria está instalada !