O Livre pediu encontros com os partidos à esquerda e o primeiro teve lugar esta terça-feira. Apesar de ter identificado uma agenda comum, não há iniciativas partilhadas.
O Livre e o Bloco de Esquerda assumem convergências nas questões do racismo e do trabalho, mas não há intenções de apresentarem propostas legislativas conjuntas, segundo apurou o Expresso junto de fontes oficiais de ambos os partidos.
Os partidos reuniram-se esta terça-feira, num ciclo de encontros pedidos pelo Livre aos restantes partidos da esquerda e ao PAN. No encontro, Livre e Bloco de Esquerda admitiram que é mais o que os une do que o que os separa.
“O BE é um dos nossos parceiros fundamentais porque é muito mais do que nos une do que aquilo que nos separa. Como o aumento do salário mínimo nacional, o combate às desigualdades, maior investimento no Serviço Nacional de Saúde e nas energias renováveis ou a recolha de dados étnico-raciais”, afirmou no final do encontro a deputada Joacine Katar Moreira à Lusa.
No encontro, as caras do Bloco foram Catarina Martins e Beatriz Dias. “Existem convergências com o Livre sobre a necessidade de uma lei laboral mais forte, que proteja quem vive do seu trabalho, sobre a necessidade de ter um Serviço Nacional de Saúde também mais forte, sobre as questões dos serviços públicos, da escola pública”, disse a líder bloquista.
Joacine referiu que estes encontros pedidos pelo Livre a alguns partidos estão enquadrados no objetivo de “reforçar sucessivamente que esta legislatura seja uma legislatura verdadeiramente à esquerda e que, igualmente, seja uma legislatura na qual as questões da justiça social e da justiça ambiental sejam completamente salvaguardadas”.
O encontro aconteceu na Assembleia da República, e contou com a presença da coordenadora nacional do BE, Catarina Martins, do líder do grupo parlamentar, Pedro Filipe Soares, e da deputada recém-eleita Beatriz Dias.
Pelo Livre, esteve presente a deputada eleita Joacine Katar Moreira, o seu assessor parlamentar, Rafael Martins, e os membros do Grupo de Contacto do partido Isabel Mendes Lopes e Pedro Mendonça.
ZAP // Lusa