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Casas à venda por 1 euro em Itália foram todas compradas por estrangeiros

No início de 2019, uma pequena cidade rural da Sicília, chamada Sambuca, teve a iniciativa de vender casas antigas e abandonadas por apenas um euro, para reavivar a comunidade.

Como muitas outras cidades pequenas da Europa, Sambuca sofreu um grave declínio populacional à medida que os habitantes se deslocavam do campo para as cidades. Após este projeto ter sido anunciado nos meios de comunicação internacionais, as casas a um euro foram procuradas por habitantes de todo o mundo. Os compradores são, de acordo com a BBC, todos estrangeiros.

O investimento na renovação das casas é o único requisito, que está a dar a um grupo diversificado de compradores internacionais um novo lugar para chamarem de lar. Os compradores têm um período máximo de três anos para renovarem as suas novas casas.

O presidente do município de Sambuca, Leonardo Ciaccio, disse estar muito satisfeito ao ver que as casas da pequena cidade, que outrora estavam vazias e abandonadas, estão a transformar-se em casas prósperas. “Funcionou tudo muito bem”, disse Ciaccio à emissora britânica.

Depois do sucesso do projeto, várias cidades italianas tiveram iniciativas similares para combater a despovoação. É o caso de Mussomeli, situado na região da Sicília, a poucas horas de Nápoles. Numa fase inicial, foram colocadas cem habitações para venda, mas estimava-se que entrassem outras 400 para o programa.

A caução para comprar uma dessas propriedades rondava os quatro mil euros para que renasçam novas habitações junto ao castelo medieval, às igrejas antigas e às grutas bizantinas. Cada comprador poderia esperar um investimento de 66 euros por metro quadrado, fora as taxas notariais e administrativas avaliadas entre os 2 e os 3 mil euros.

Também a sul de Itália, num dos municípios da região de Campania, foram colocadas 15 habitações abandonadas para venda. As condições do programa estipulado para Zungoli eram as mesmas, tirando o valor da caução que descia para metade (dois mil euros).

Mas há ainda outro tipo de propostas italianas para atrair habitantes. A região de Molise anunciou recentemente estar a oferecer 700 euros por mês durante três anos a quem se mudasse para uma aldeia. A aldeia escolhida não poderia ultrapassar os dois mil habitantes e o recém-chegado teria de se comprometer a abrir um negócio.

O objetivo destas proposta é o mesmo: dinamizar as regiões subpovoadas. Cada localidade com menos de dois mil habitantes iria receber também dez mil euros por mês para investir em infraestruturas e atividades culturais.

ZAP //

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