A apenas duas semanas das eleições legislativas, António Costa voltou a atacar o Bloco de Esquerda. Em relação ao PCP, o primeiro-ministro manteve o tom ameno.
No podcast de Daniel Oliveira, Perguntar Não Ofende, António Costa voltou a desferir um ataque contra o Bloco de Esquerda, um dos parceiros da geringonça. “Vamos ser claros: esta solução foi construída apesar do Bloco de Esquerda, que depois se juntou. Esta é a realidade dos factos”, disse o primeiro-ministro, sublinhando que a “realidade dos factos” mostra um BE menos confiável do que o PCP como parceiro governativo.
Durante a entrevista, Costa foi desafiado a recordar um dos momentos considerados como o nascimento da geringonça: o debate de 2015 em que Catarina Martins lhe coloca uma série de condições para que um acordo entre os dois partidos possa avançar.
António Costa disse que não é bem assim. “Sabe bem que esse foi um momento de teatro, em que se fingiu que se pôs três condições de governação no pressuposto de que não se iam verificar. Vamos ser claros: esta solução foi construída apesar do BE, e a que depois o BE se juntou. Esta é a realidade dos factos.”
O primeiro-ministro desvalorizou o papel do Bloco de Esquerda na construção da solução de Governo destes quatro anos, mas, em relação ao PCP, adotou um tom mais ameno. “A relação entre o PS e o PCP é uma relação estabilizada e que não está sujeita a estados de alma. Não sei se [este discurso] é mau ou bom para o PCP, limito-me a dizer a minha análise.”
Segundo o Expresso, antes de fechar o tema, António Costa lançou mais uma farpa ao partido de Catarina Martins. “O BE propõe-se a endividar o país no valor de 27 mil milhões de euros para nacionalizar várias empresas, dos CTT à Galp. O que dizemos é que não estamos disponíveis para endividar o país”, declarou.
Em relação ao PAN, António Costa diz-se disponível para fechar um acordo de apoio ao próximo partido, apesar de o classificar como “menos consistente” em áreas que não a da defesa ambiental ou dos animais.
Parece que as comadres se zangaram…
Os compadres ainda vão falando…
Se o acordo com o BE foi um momento de teatro, caso o PS ganha e necessite do PAN, o acordo que vier a ser firmado será o que? Um espetáculo de Stand Up Comedy!!!
Só espero que o PS não ganhe por maioria para que ao serem divulgados os resultados alguns elementos do PS recebam um bofetada de “luva branca” e aprendam que “até ao lavar dos cestos é a vendima”…