A Arábia Saudita e os Estados Unidos deixaram a entender que o Irão está por detrás do ataque de sábado que atingiu as principais instalações petrolíferas sauditas. O Governo de Teerão nega, apontando o dedo aos rebeldes Houthis.
Na primeira reação oficial ao ataque de drones que, no último sábado, atingiu as suas principais instalações petrolíferas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita afirmou que “as ameaças iranianas não atingem apenas o reino saudita, mas o Médio Oriente e o mundo”.
Apesar de reivindicado pelos rebeldes Houthis, que lutam contra a coligação internacional liderada pela Arábia Saudita no Iémen e que já prometeram lançar novos, o Governo de Riade deixou a entender que o Irão estará por detrás disto e alertou para o efeito da estratégia de Teerão, considerando que a ameaça terrorista ainda não terminou.
A coligação militar, que intervém desde 2015 no país vizinho, também afirmou que as armas utilizadas no ataque foram fabricadas no Irão.
Para averiguar a origem exata do ataque, a Arábia Saudita anunciou que vai convidar especialistas internacionais e da ONU para que participem nas investigações. “O reino tomará todas as medidas apropriadas à luz dos resultados dessas investigações”, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos explicou, por sua vez, que os EUA estão a analisar as opções de retaliação ao ataque, mas que apenas tomará uma decisão quando houver “provas definitivas”.
Donald Trump afirmou que não pretende entrar em guerra com o Irão, mas repetiu que os EUA estão “preparados” para qualquer cenário, nomeadamente para uma resposta militar aos ataques contra os interesses da Arábia Saudita.
No mesmo dia, o seu homólogo iraniano, Hassan Rouhani, continuou a negar o envolvimento neste incidente, declarando acreditar que possa ter tido origem nos Houthis.
“O problema tem raiz na invasão do Iémen. O Iémen é alvo de bombardeamentos diários e o povo é obrigado a responder. Eles estão apenas a defender-se”, afirmou o Presidente do Irão, que se encontra reunido em Ancara, na Turquia, com os homólogos turco e russo.
Vladimir Putin também reagiu ao ataque, propondo à Arábia Saudita que adquira um sistema de mísseis antiaéreos russos para defender o seu território. “Estamos prontos a ajudar a Arábia Saudita para que possa proteger o seu território. Poderemos fazê-lo da mesma forma que já foi concretizada pelo Irão, que comprou os sistemas de mísseis russos S-300, e da mesma forma feita pela Turquia, ao comprar os sistemas de mísseis russos S-400″.
O ataque de sábado contra a fábrica de Abqaiq e a jazida de Khurais provocou uma queda para metade da produção saudita (5,7 milhões de barris por dia, cerca de 6% do fornecimento mundial) e fez com que o preço do petróleo disparasse.
O preço do barril de petróleo Brent, para entrega em novembro, abriu esta terça-feira no mercado de futuros de Londres, a descer 0,53%, depois da forte subida registada na segunda-feira (subiu 14,59%, para 69,02 dólares).
ZAP // Lusa
é aumentar já os combustíveis.
quando é para descer só passado um mes da descida do barril é que descem o preço final. quando o preço do barril sobe é logo na semana a seguir que aumentam o preço da gasolina.
Depois vêm com a historia de que o barril que é comprado hoje só será vendido transformado um mes depois mas isto só para as descidas.
Todos aceitam isto porque todos eles ganham, as refinarias aumentam os lucros e o estado recebe mais imposto.
uau, que surpresa os USofA e a máfia da ASaudita culparem o Irão….
não faço ideia quem sejam os culpados mas apostaria mais que foi algo feito pelos serviços secretos dos dois países mafiosos com a cumplicidade de Israel que o Irão….
estão mortinhos por mais uma guerra como já estão em poucas!
qto aos preços dos combustiveis, mesmo com esta pseudo-subida ainda deveriam estar por cá abaixo do 1€/L não fosse a máfia cá do burgo e os impostos.
Subscrevo. Isto está tudo mal contado, só para “inglês ver”. O jogo é mais sofisticado.
Isto é só mais “UMA” dos U.S.A.!