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Família encontrou mais de 2.200 fetos preservados em casa de médico norte-americano

Uma família encontrou mais de 2.200 fetos preservados na casa de um médico norte-americano que morreu no início deste mês.

O The Guardian avançou este domingo que uma família encontrou 2.246 fetos preservados em casa de um médico norte-americano depois da sua morte. Segundo o matutino, julga-se que os 2.246 corpos tenham sido guardados por Ulrich Klopfer enquanto trabalhava numa clínica de abortos no estado do Indiana.

Klopfer era considerado o médico com maior experiência nestes procedimentos. Em junho de 2014, esteve em tribunal por ter demorado demasiado tempo a reportar o caso de uma rapariga de 13 anos a quem fez um aborto em South Bend.

Especializado em osteopatia, quando questionado sobre os motivos que o levaram a dedicar a sua carreira à interrupção da gravidez, o médico respondeu: “as mulheres engravidam, os homens não. Precisamos respeitar as mulheres que tomam a decisão que consideram melhor. Não julgo ninguém”.

A clínica onde Klopfer trabalhava fechou em 2015 por falta de licença, depois de as autoridades de saúde locais terem acusado o estabelecimento de não manter registo das mulheres, nem de cumprir a legislação relacionada com os medicamentos a serem administrados durante um aborto.

Em novembro de 2016, o médico também foi acusado de não contratar pessoal médico para acompanhar as pacientes durante a recuperação e, como consequência, perdeu a autorização para exercer abortos.

O diário esclarece que não são conhecidos os materiais que Ulrich Klopfer terá usado para preservar os fetos, agora na posse das autoridades do Condado de Will, responsáveis pela investigação. Os motivos que o levaram a manter os fetos em casa também não são conhecidos.

Este caso está a causar grandes reações nos Estados Unidos, nomeadamente por parte de organizações contra o direito ao aborto.

Ao diário, Mike Fichter, presidente do Right to Life, enviou um comunicado em que se diz “horrorizado” com a descoberta dos fetos na casa do médico. “Estes relatórios doentios tornam mais evidente porque é que a indústria do aborto deve ser realizada com o maior escrutínio.”

ZAP //

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