Nas Bahamas, o furacão Dorian já fez pelo menos 20 mortos, número que pode vir a aumentar. Nas próximas 24 horas, poderá ascender à categoria 4, devendo mover-se ao longo da costa sudeste dos EUA esta quinta ou sexta-feira.
As Bahamas foram atingidas, no último domingo, pelo mais forte furacão já registado na história do arquipélago, que fustigou, principalmente, as ilhas Ábaco e Grande Bahama, com ventos até 295 quilómetros por hora e chuva torrencial.
Os ventos severos e as águas castanhas e lamacentas destruíram ou danificaram gravemente milhares de casas, incapacitando a atividade de hospitais e deixando muitas pessoas presas em sótãos.
Numa conferência de imprensa, o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, disse que o balanço oficial de vítimas já vai em pelo menos 20 mortos e alertou para a possibilidade deste número aumentar.
O governante anunciou ainda que vai enviar forças policiais e de defesa adicionais para as duas ilhas afetadas devido às pilhagens que se têm registado. Os militares contribuirão para garantir a lei e alertou que qualquer pessoa que pratique um ato de pilhagem será perseguida e sujeita à justiça.
Num contacto telefónico a partir de Nassau, o secretário-geral-adjunto para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, disse que a ONU tinha desbloqueado um milhão de dólares — cerca de 906 mil euros — do seu fundo de emergência para prestar os primeiros socorros aos afetados.
O furacão enfraqueceu para a categoria 2, embora continue com ventos fortes de 175 quilómetros por hora, e segue agora em direção à costa sudeste dos Estados Unidos. Vários milhões de pessoas na Florida, Geórgia e Carolina do Sul foram aconselhadas a sair dos locais próximos da costa.
Segundo o Expresso, esta quarta-feira, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) elevou novamente o Dorian para a categoria 3. Nas próximas 24 horas, o furacão poderá ascender à categoria 4.
Os três estados norte-americanos estão em estado de emergência, o que facilita a disponibilização de fundos governamentais para desastres. Com esta medida, o Presidente norte-americano, Donald Trump, autoriza o departamento de Segurança Nacional e a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) a coordenar todos os esforços de assistência para desastres com o objetivo de minorar as consequências da intempérie.
ZAP // Lusa