O número de mortos pela passagem do furacão Dorian pelas Bahamas aumentou de cinco para sete, informou o primeiro-ministro deste arquipélago num novo balanço.
Numa conferência de imprensa, o primeiro-ministro, Hubert Minnis, admitiu para a possibilidade de mais mortos, já que há mais feridos graves nas ilhas de Great Ábaco que foram levados para New Providence, onde fica a capital, Nassau.
O primeiro-ministro destacou ainda que Ábaco está completamente inundado, incluindo o aeroporto. “Estamos no meio de uma das maiores crises que as Bahamas sofreram na sua história”, disse Minnis, ressalvando que o número oficial, sete mortos, é apenas um número inicial. “Casas, prédios e infraestrutura estão completamente destruídos”.
“O aeroporto está submerso e a parte circundante agora parece um lago”, disse Minnis, que observou que as estradas também estão completamente inundadas.
O furacão Dorian enfraqueceu para categoria 2, enquanto continua a atingir o arquipélago das Bahamas, anunciou na terça-feira o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
A Organização das Nações Unidas informou que pelo menos 61 mil pessoas afetadas pelo furacão nas Bahamas precisarão de ajuda alimentar, acrescentando que está a aguardar a aprovação do Governo local para lançar uma avaliação no terreno.
No domingo, a força máxima do vento atingiu os 297 quilómetros por hora, com rajadas de até 354 quilómetros por hora, tornando-se o furacão atlântico mais potente a atingir terra. De acordo com o NHC, o Dorian é já o “furacão mais violento da história moderna no noroeste das Bahamas”.
Segundo o NHC, a tempestade está agora a mover-se paralelamente à costa leste dos Estados Unidos. Vários milhões de pessoas na Florida, Geórgia e Carolina do Sul — em estado de emergência — foram aconselhados a sair dos locais próximos da costa.
A declaração do estado de emergência facilita a disponibilização de fundos governamentais para desastres. Com esta medida, o Presidente norte-americano, Donald Trump, autoriza o departamento de Segurança Nacional e a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) a coordenar todos os esforços de assistência para desastres com o objetivo de minorar as consequências da intempérie.
ZAP // Lusa