Constam no programa eleitoral do Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza várias propostas consideradas inaceitáveis pelo Partido Socialista. André Silva avisou que só haverá apoio a Governo de António Costa com acordo por escrito.
“Suspender a construção do aeroporto do Montijo até que seja assegurada a elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica” e “apostar no aeroporto de Beja como alternativa aeroportuária a Portela + Montijo” são duas das propostas que integram o programa eleitoral do PAN.
Segundo o Expresso, em muitos casos, os valores da ecologia e do ambiente saem sacrificados pelas vantagens económicas imediatas para um setor de atividade ou região. Neste âmbito, o PAN quero impedir esse cenário: para o partido, deixará de entrar na equação os ganhos estritamente relacionados com um atividade ou serviço que se pretende instalar.
Ora, as três propostas parecem incompatíveis com a grelha programática do PS. E na mesma semana em que António Costa recusou uma coligação formal, André Silva deixou avisos.
Na quinta-feira, em entrevista ao Jornal de Negócios, o até agora deputado único do PAN em São Bento disse que “não faz sentido que o PAN, a apoiar qualquer solução governativa, o faça sem estar muito claro, escrito, o que são as responsabilidades de cada um, aquilo a que está obrigado e aquilo a que não está obrigado”.
Para André Silva, “fazer a sustentação de um país com base numa conversa muito bem intencionada, e em que não haja nada redigido”, não é “um caminho” viável. “O PAN nunca será um apontamento, um pin na camisa do Governo.”
No dia seguinte, na sexta-feira, o programa eleitoral do partido confirmou os avisos de André Silva. Por exemplo, em relação à legislação laboral, o partido defende uma equiparação entre o setor público e o privado, no que respeita ao horário de trabalho e ao período de férias: 35 horas semanais e 25 dias úteis de férias.
Este é mais um sinal de incompatibilidade dos partidos, uma vez que estas medidas foram rejeitada por António Costa na atual legislatura.
Já no campo da Educação, o PAN quer ver reconhecido aos professores o “estatuto de desgaste rápido” e defende que os docentes sejam libertados de funções administrativas. Relativamente à polémica do tempo de serviço dos professores, o partido de André Silva defende a “negociação do prazo e do modo” para a sua “recuperação integral”.
No setor do turismo, o partido quer que seja a hotelaria a garantir um aumento da dotação orçamental para a cultura. Desta forma, o PAN propõe que unidades hoteleiras passem a pagar a taxa intermédia de IVA (13%), em vez dos atuais 6%. O diferencial, de 235 milhões de euros, seria dirigido para financiar as artes e o património.
O líder do PAN é muito ingénuo ou então anda distraído. Antes de assinar um acordo escrito deverá perguntar qual o prazo de validade do mesmo. É que por cá os acordos por escrito têm um prazo de validade muito….muito….reduzido. Estes habitualmente terminam após os resultados das eleições.
Mas que acordo queres se mesmo assim podes não ser eleito, és um grão de areia num saco de 200Kg tem juizo…
Aeroporto de Beja como alternativa a Portela + Montijo?
Só falta mencionar uma máquina de ‘teletransporte’ para fazer chegar quem viaja de Beja a LIS.
Aumento de impostos? Para? Só vejo o mercado hoteleiro a sofrer com o impacto.
Que tal reduzir os gastos da administração pública?
Menos beneces para quem está na AR; os mesmos terem as mesmas regalias que qualquer trabalhador: a todos os níveis?
E esta, hein?
Nem mais! Subscrevo qualquer das três ideias. Beja é uma anedota socrática; mais impostos quando nunca como agora tivemos uma taxa tão elevada? A CRP, estabelece 180 a 230 deputados: porque hão de ser 230 se mais de metade da legislação tem origem em Bruxelas. 100 concelhos e 100 deputados, chegam perfeitamente.
Por isso não há acordo (leia-se interesse) numa revisão da CRP, uma vez que o número de deputados terá necessariamente de ser revisto em forte baixa!!