Marcelo Rebelo de Sousa lamentou, este domingo, que a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 6 de outubro tenha sido tão longa. “Os portugueses tiveram um ano de pré-campanha.”
O Presidente da República disse este domingo que os portugueses tiveram um ano de pré-campanha para as eleições legislativas de outubro, defendendo que deveria ter sido “menos longa”.
“Os portugueses tiveram um ano de pré-campanha”, afirmou aos jornalistas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações durante a Festa do Livro de Belém, que terminou este domingo nos jardins do Palácio de Belém. “Estamos agora a entrar numa longuíssima campanha eleitoral, que eu teria gostado que fosse menos longa e que não demorasse um ano.”
Questionado sobre a estabilidade política pedida pelo PS, Marcelo respondeu que o que “os portugueses decidirem é bem decidido e é com base nisso que o Presidente da República vai trabalhar” para dar posse ao futuro Governo.
Para o Presidente da República, esta quarta edição da Festa do Livro em Belém “superou as expectativas”, com os números, ainda preliminares, a apontarem para “mais de 22 mil visitantes”, atraindo também emigrantes e estrangeiros.
A pensar já na quinta e última edição, Marcelo Rebelo de Sousa disse que um dos objetivos do evento é promover a leitura e a venda de livros e “os números de [sábado] apontavam para uma subida de venda de livros de 10% a caminho dos 15%”.
Sobre a nomeação pelo Papa Francisco do arcebispo Tolentino de Mendonça, o Presidente da República disse que “é um grande prestígio para Portugal e o reconhecimento de uma carreira ímpar como professor, filósofo, teólogo, poeta e responsável universitário”.
“Portugal está com um número de cardeais que ultrapassa a realidade de há muito tempo até esta parte”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou ainda que está a acompanhar os problemas no Instituto Português do Sangue, depois de o Público ter noticiado que a instituição enfrentou constrangimentos ao seu funcionamento em 2018 devido às dívidas das entidades públicas, nomeadamente dos hospitais.
Após contactos com a ministra da Saúde, o Presidente da República confirmou que existe um problema relativo a “dívidas a regularizar” desde 2018 e que a intenção da tutela “é acelerar o que está em dívida do passado”.
// Lusa