O banco norte-americano JPMorgan Chase tem um sistema de inteligência artificial a escrever as suas mensagens de marketing. O robô conseguiu duas vezes melhores resultados do que um copywriter humano.
Aos poucos, as máquinas estão a superar os humanos em vários aspetos na nossa vida. O JPMorgan tem em suas mãos uma prova disso mesmo: um robô que trata do marketing da empresa. Depois de assinar um contrato com a startup Persado, o sistema de inteligência artificial ficou encarregue do cargo anteriormente ocupado por um humano.
Segundo a revista Quartz, o robô copywriter conseguiu que os utilizadores clicassem até duas vezes mais nas suas mensagens publicitárias comparativamente com aquelas criadas por humanos. O sistema foi testado em anúncios para cartões e hipotecas do banco.
Baseando o seu sucesso no número de cliques que conseguiu, o sistema de inteligência artificial mostrou ser mais eficiente do que um humano. Com pequenas alterações nas mensagens, o robô consegue melhores resultados.
Por exemplo, numa das mensagens escritas por um humano lia-se: “Consiga dinheiro com a hipoteca da sua casa”. O sistema de inteligência artificial da Persado alterou ligeiramente a mensagem, passando a ler-se: “É verdade – você pode conseguir dinheiro com a hipoteca da sua casa”. A mudança quase subliminar apresentou resultados muito melhores, explica a Quartz.
“A tecnologia da Persado é incrivelmente promissora“, disse, em comunicado, Kristin Lemkau, diretora de marketing da empresa. “Reescreveu textos e títulos que um profissional de marketing, através da sua subjetividade e experiência, provavelmente não teria conseguido. E funcionaram”, acrescentou.
O robô tem como base um método de machine learning, que consiste no uso de dados para identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana. A sua base de dados conta com mais de um milhão de palavras categorizadas de acordo com o seu apelo emocional.
“A nossa relação com a Persado não teve impacto na nossa estrutura”, disse um porta-voz da empresa ao AdAge. A empresa assegura assim que ainda não foram efetuados cortes na empresa, como por exemplo, o despedimento de funcionários.