No ano passado, a idade legal de reforma estava nos 66 anos e 4 meses, mas os trabalhadores que descontam para a Segurança Social reformaram-se muito antes disso.
Segundo o Expresso, os trabalhadores do privado saíram do mercado de trabalho aos 63 anos e 8 meses, aproveitando regimes especiais que permitem a sua antecipação. Ainda assim, reformaram-se mais tarde do que os funcionários públicos que descontam para a Caixa Geral de Aposentações.
Os números da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, divulgados pela Pordata, revelam que em 2018 quem descontou para a Segurança Social (na sua maioria trabalhadores do privado) reformou-se com 63 anos e 8 meses.
Esta idade está bem atrás da idade legal de reforma e representa até um recuo face aos valores de 2017, altura em que os trabalhadores saíram do mercado de trabalho com 64 anos e 2 meses de idade. Aliás, este retrocesso na idade efetiva de reforma coloca-nos de novo em níveis equivalentes aos do início do século.
Isto significa que, apesar das várias restrições que vêm sendo introduzidas nas condições de aposentação, a idade da reforma é uma variável rígida que demora tempo a ajustar-se. No entanto, a tendência deverá traduzir o facto de no ano passado se ter aliviado as penalizações de antecipação da idade da reforma para os pensionistas com carreiras muito longas.
Ainda assim, os trabalhadores do privado reformaram-se depois dos funcionários públicos, que têm a mesma idade legal de reforma. Quem descontou para a Caixa Geral de Aposentações deixou de trabalhar, em média, com 62 anos e seis meses de idade.
No público, a idade efetiva de reforma não variou, tendo-se mantido igual à registada em 2017.