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Bolsonaro diz haver ameaças de ataque de homem-bomba ou sniper

O presidente brasileiro admitiu esta quarta-feira haver ameaças contra o governo de um iminente ataque de homem-bomba ou sniper. Bolsonaro diz que o facto de estar na presidência vai “contra o interesse de muitas pessoas”.

Num discurso feito esta quarta-feira aos jornalistas, Jair Bolsonaro admitiu temer que possa haver um atentado contra o seu governo. As declarações foram feitas à saída de um evento no qual o presidente brasileiro apareceu de surpresa e que não constava na sua agenda política.

Em setembro do ano passado, Bolsonaro foi vítima de uma tentativa de assassinato com uma faca, mas acabou por conseguir sobreviver. De acordo com o Correio da Manhã, desde então, foi submetido a três cirurgias e outros procedimentos médicos para ultrapassar as sequelas provocadas pelo agressor.

O polémico líder brasileiro disse, no entanto, que ninguém deveria desejar estar na sua posição, uma vez que não é fácil lidar com pressões de vários setores da sociedade. Bolsonaro diz que existem ameaças ao governo e que muita gente “não tem interesse” que ele esteja no cargo de presidente.

Segundo o site brasileiro Terra, o líder político realçou que “há um fantasma que paira sobre o governo”, referindo-se à possibilidade de a esquerda voltar ao poder no Brasil.

Durante o seu discurso, Bolsonaro reafirmou ainda a necessidade de aprovar reformas na economia. “São os problemas que o Brasil tem, uma dívida interna monstruosa, uma reforma da Previdência que alguns temem, mas é necessária para o bem de todos”, rematou.

O político relembrou ainda que, tendo em conta o cargo que ocupa, a sua vida está sempre em perigo. Apesar da intensa vigilância que o acompanha sempre, Bolsonaro explica que é praticamente impossível identificar um homem-bomba que se possa aproximar dele. O mesmo se aplica a um sniper, que pode estar no topo de um edifício à distância, sem que nenhum dos seus seguranças se aperceba.

Apesar de se sentir ameaçado por um possível atentado à sua vida, admitiu que não vai deixar de fazer as suas típicas aparições surpresa, nem muito menos deixar de cumprir a sua agenda política.

ZAP //

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