O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE alerta que a falta de recursos humanos no instituto que gere o sistema de assistência na doença da função pública coloca “graves problemas de gestão”.
No parecer aprovado na quinta-feira, o Conselho Geral e de Supervisão da ADSE mostra preocupação com a perda de 7% dos trabalhadores e pede ao conselho diretivo que dê conta das diligências para reforçar os seus quadros.
O conselho presidido por João Proença deu parecer favorável às contas de 2018. Como pontos positivos destacou o aumento de 0,8% do número de beneficiários titulares entre 2016 e 2018, o crescimento de 3% da receita dos descontos e os resultados líquidos de 46 milhões de euros, com um saldo de caixa de 90 milhões de euros no final do ano passado.
No entanto, exigiu também que o Relatório de Atividades seja reformulado para integrar “matérias relevantes” que ficaram fora do documento e para explicar com mais detalhe a atividade do instituo ao longo de 2018.
Uma das principais questões que o CGS quer ver esclarecida prende-e com a perda de recursos humanos, uma vez que, no final do ano passado, a ADSE tinha 184 trabalhadores, “um dos valores mais baixos dos últimos anos”, enquanto o mapa de pessoal prevê a existência de 242 postos de trabalho.
“A falta de recursos humanos faz com que a ADSE se confronte com graves problemas de gestão, incluindo nas áreas de auditoria e de combate à fraude e de pagamento das comparticipações”, alerta o parecer do CGS, citado pelo Público.
O documento refere ainda que o aumento dos prazos médios de pagamento das comparticipações aos beneficiários que recorrem ao regime livre quase duplicou (para 60 dias) e que isso “é sobretudo devido à falta de recursos humanos e aos acréscimos resultantes da integração dos beneficiários nas Regiões Autónomas”.
Os membros do CGS pedem também ao conselho diretivo da ADSE que explicite o movimento das entradas e saídas de trabalhadores, as justificações e as medidas tomadas para reforço dos recursos humanos.